Recursos serão destinados à produção de novos modelos

A melhora do mercado fez a MAN Latin America retomar os investimentos que estavam na gaveta desde o ano passado. Segundo a empresa, a operação brasileira receberá R$ 1 bilhão em novos produtos e no aumento da capacidade produtiva até 2016.

“Com as vendas que temos hoje, ainda não precisamos de um investimento expressivo para o aumento de capacidade. Temos condições de produzir até 100 mil veículos em três turnos de trabalho. Estamos operando em dois intervalos de produção. Além disso, teremos espaço na linha de montagem com a transferência de três fornecedores para o parque que foi construído ao lado da fábrica”, afirma o presidente da montadora, Roberto Cortes.

Para este ano, a projeção da montadora é uma produção para mercado interno e exportação de cerca de 60 mil unidades de caminhões e ônibus. “Os mercados estão em recuperação. Países como Peru, Chile e a região africana estão demandando mais veículos comerciais. As exportações podem chegar aos níveis pré-crise econômica, em 2008. Sem contar o mercado brasileiro que vem se recuperando desde o final do ano passado. Por isso, acreditamos num crescimento dos negócios na América Latina”, disse Cortes.

O executivo acredita numa expansão na venda de veículos comerciais de até 10% ao ano nos próximos anos, em função dos eventos esportivos, crescimento da economia brasileira, dos investimentos em infraestrutura e da renovação de frota no Brasil.

Por aqui, a idade média dos caminhões e ônibus que circulam nas ruas e estradas brasileiras, beira 17 anos. Hoje, a frota brasileira é composta por 2,8 milhões de caminhões, sendo que mais de 40% dos veículos foram fabricados há mais de 20 anos.

“Em razão dessa estimativa iremos aplicar R$ 1 bilhão até 2016. Temos que estar preparados para o crescimento do mercado nesse período”, afirmou Cortes ressaltando que o ritmo de produção da Man nos últimos 15 anos foi de 38 mil veículos por ano ante 9,3 mil unidades dos primeiros anos de operação da companhia no Brasil.

Do Brasil Econômico