Caminhões com cabinas gigantes e capôs sobre o motor como aqueles que trafegam nas rodovias da América do Norte e outros países, são máquinas estradeiras que atraem atenção de carreteiros brasileiros. Diante dessa atração, não faltam profissionais do trecho e até mesmo pessoas que não são do setor do transporte rodoviário de cargas, que questionam porque eles não rodam no Brasil, já que oferecem espaço e conforto para o motorista.

Como muitos já sabem, esses pesadões – cujas cabines oferecem espaço de sobra – não são viáveis para operar no Brasil em razão da legislação de peso e tamanho. Lá, a lei considera apenas a medida do trailer (semirreboque), de modo que não importa o comprimento do cavalo-mecânico. Aqui no Brasil, que segue o padrão europeu, o comprimento do conjunto inclui o também cavalo-mecânico.

O Contran determina, por exemplo, que para um conjunto cavalo-mecânico mais semirreboque a medida é 18,60m. No caso do bitrem a medida é 19,80m e acima de 24m rodotrem. Portanto, usando um cavalo-mecânico com a frente alongada, como é o caso de estradeiros das marcas Mack, Peterbilt, Volvo, Kenworth, Freightliner, Western Star, por exemplo, as carretas teriam espaço menor para carga. Como é do conhecimento de quem é do setor, a ideia é transportar o máximo possível por viagem, como forma de tornar o negócio mais rentável.

Mesmo assim, não faltam propostas no portal e-cidadania, do Senado Federal, proposta para que a legislação brasileira passe a considerar a medida apenas do semirreboque. Porém, para começar a ser debatida pelo Congresso Nacional, a ideia legislativa precisa do apoio de 20 mil cidadãos, que podem registrar o voto on­line.