Por João Geraldo
Foto: Divulgação
Ano passado, 28.871 caminhões se envolveram em 166.223 acidentes nas rodovias Federais, deixando saldo de 7.844 pessoas feridas e 1.436 mortas. Os números são da Polícia Rodoviária Federal e referem-se somente a registros nas BRs que cortam o País. Além das perdas de vidas humanas e danos corporais deixados nas vítimas pelos sinistros, existe ainda os prejuízos materiais, com perdas totais ou parciais de cargas e veículos.
Um acidente médio envolvendo um caminhão pesado ou semipesado, por exemplo, gera prejuízos materiais de R$ 150 mil. O número é fruto de levantamento realizado junto da Volvo Corretora de Seguros, que aponta também que o veículo permanece parado para conserto pelo tempo médio de 43 dias. O trabalho cita ainda que em 13% dos acidentes envolvem danos corporais e em 7% vítimas fatais.
Os números acima foram apresentados durante seminário Volvo de Segurança Zero Acidentes, no mês de maio, em São Paulo. Promovido pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST), ação lançada no Brasil pela montadora em 1987 com o objetivo de mobilizar e conscientizar a sociedade para um trânsito mais seguro. Anaelse Oliveira, responsável pelo Programa, explica que atualmente as metas PVST são mais abrangentes e focam também na produtividade e eficiência em consumo de combustível, além de trabalhar também com a meta de zero acidentes com veículos da marca.
“A redução do número de acidentes envolvendo caminhões é decisiva para a sustentabilidade econômica das transportadoras e valorização do transporte rodoviário de cargas”, destacou Anaelse. Ela acrescenta que esta é uma das conclusões dos seminários Volvo realizados durante 2014 pelo PVST em diferentes regiões do País para debater a segurança viária no transporte rodoviário de cargas.
Ano passado, o PVST adotou no Brasil a visão Zero Acidentes – ação lançada em 2012 pelo Grupo Volvo na Europa – e desde então está desenvolvendo uma série de ações, com o foco no transporte comercial, para engajar concessionários da marca, clientes, transportadores, funcionários, fornecedores, governo e a sociedade na visão Zero Acidentes. “Sozinhos não temos como avançar. Para buscar o Zero acidentes precisamos somar esforços, para encontramos juntos soluções que aumentem a segurança no transporte comercial”, acrescentou Anaelse.
Solange Fusco, diretora de comunicação corporativa do Grupo Volvo América Latina, destaca que o gerenciamento da frota para evitar acidentes traz muitos ganhos aos negócios, porque o transportador não fica com o caminhão parado, não perde prazo de entrega de mercadorias e ainda preserva a imagem da empresa. “Isso, considerando apenas os valores materiais, porque não há valor financeiro que compense a perda de uma vida”, acrescenta.
No Brasil, os acidentes envolvendo caminhões só perdem para colisões envolvendo automóveis de passeio. Do total de 94.404 ocorrências registradas ano passado no Estado de São Paulo, 30.018 envolveram veículos pesados de carga. “Nós, como uma empresa que investe constantemente em segurança, não estamos alheios a esta situação. Há quase 30 anos mobilizamos a sociedade para aumentar a segurança no trânsito e agora estamos engajando o setor de transporte comercial nesta meta de zerar os acidentes no trânsito envolvendo veículos da marca”, concluiu Fusco.