Quem olha hoje para o Ford Cargo, com moderna cabine avançada, caixa automatizada e motor de última geração, inevitavelmente fará comparação com o veterano F 13000 como o do anúncio publicado na edição número 97 da Revista O Carreteiro, que circulou no mês de maio de 1982.

Na época, quando praticamente todos os caminhões em atividades no Brasil eram ainda com capô (bicudos), as propagandas dos veículos pesados, não raramente, traziam uma certa dose de humor para passar a ideia de que o produto em evidência marca se sobressaia sobre os concorrentes.

Um exemplo estava no anúncio do F-13000, cuja peça publicitária trazia em destaque a frase “Compare forte” e num boxe em destaque o texto sugeria que “Comparar nunca fez mal a ninguém, principalmente quando você começa com 2 toneladas brutas de vantagem”.

Naquele tempo, a montadora explorava a vantagem de maior PBT de seu caminhão e chamava atenção do leitor/transportador para as 13 toneladas de seu caminhão contra 11 do seu principal concorrente. Consumo e custo de manutenção não estavam na lista.

Dizia ainda que na mesma faixa de peso, “A alma do transporte é o lucro. E é pensando no lucro que você deve comparar o Ford F-13000, de 13 toneladas brutas, a partir do preço inicial”.

Além disso, a peça publicitária apresentava cálculo apresentando, em valores, quanto que um carreteiro que rodasse 50 mil quilômetros em um ano (fazendo 50 ou 100 viagens) poderia ganhar transportando com o modelo da marca.

Também não faltava no anúncio destaques sobre a parte técnica do veículo, às quais a montadora se referia como exclusivas. O texto citava “freios de serviço totalmente a ar; de estacionamento com molas acumuladoras, e diferencial de dupla velocidade que garantia maior capacidade de vencer rampas e melhor média horária”.

E para finalizar, a propaganda trazia ainda os seguintes destaques: chassi e eixo traseiro reforçados e painel completo, altamente funcional, que inclui tacômetro como item de série.