A Pirelli Pneus inaugurou, em março, uma unidade de produção de pneus radiais gigantes para caminhões e ônibus destinados ao mercado local e latino–americano. Localizada no município de Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre/ RS, a obra exigiu investimento total de R$ 116 milhões e ampliou a capacidade da fábrica, em atividades desde 1976, em 12 mil toneladas/ano às atuais 64 mil toneladas/ano produzidas no complexo, considerado o maior centro mundial de desenvolvimento e produção de pneus das linhas moto, scooter e bicicletas, numa área de 573 mil m2. Com essa ampliação serão acrescentados mais 500 novos empregos diretos e indiretos aos 1.500 já existentes.
A planta produz hoje 400 pneus radiais por dia, e a projeção é alcançar mil unidades/dia até junho. Apesar de estar equipada para a produção de sete medidas de radiais, nesta fase inicial serão produzidas apenas duas medidas de radiais, os 17,5 e 22,5. A tecnologia e os modelos são os mesmos utilizados na unidade de Santo André/SP. Entre 70 e 80 por cento da produção da unidade são destinados ao mercado externo.
“O Brasil é o maior mercado da Pirelli no mundo em venda de produtos e de produção”, a. rmou o presidente da Pirelli Pneus para a América Latina, Giorgio Della Setta. O Rio Grande do Sul, em especial, interessa à multinacional italiana como unidade produtora e exportadora. “Além de ser porta para o Mercosul, o Estado é a parte mais moderna e a melhor do Brasil. Nossa experiência com a força de trabalho gaúcha é extremamente positiva”, disse ele durante a inauguração.
Apesar da diferença no preço, a utilização de pneus radiais está crescendo entre os carreteiros do País, principalmente em razão da alta qualidade e de possibilitar de duas a três recapagens e ter mais resistência às péssimas condições das estradas brasileiras e das longas distâncias aliadas às freqüentes alterações de climas e exigências especí. cas de cada região, conforme a. rmou um técnico da empresa (EO).
