Por Elizabete Vasconcelos

O uso de pneus reformados no Brasil tem crescido a cada ano. Tanto é que o Brasil já é o segundo maior mercado deste segmento no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, 84,6% dos transportadores usam pneus recapados, o que resulta em dois terços dos pneus de carga em uso. Estimativas do mercado indicam que 7,7 milhões de pneus de caminhões e ônibus, 8 milhões de pneus de automóveis e 300 mil pneus de veículos do segmento agrícola e fora de estrada são reformados todos os anos no Brasil. No quesito sustentabilidade, números de empresas do segmento apontam que cada pneu reformado representa, em média, economia de 57 litros de petróleo, além da redução de 80% de energia e de matéria-prima em relação a produtos novos.

Neste cenário otimista, o Grupo Vipal está comemorando 40 anos de sua fundação e hoje ocupa a posição de uma das principais empresas atuantes do segmento. Atualmente, a companhia mantém duas fábricas no Sul do País e uma em Feira de Santana/BA, além de três centros de distribuição, totalizando três mil colaboradores.

Hoje a Vipal é responsável por um em cada quatro pneus que são reformados no País e responde por 80% das exportações brasileiras de bandas pré-moldadas, além de abastecer mais de 90 países em todos os continentes com seus produtos. Esse resultado, segundo a empresa, é fruto do frequente investimento em tecnologia de vulcanização a frio no Brasil e desenvolvimento de maquinários e sistemas exclusivos de testes de adequação de diferentes produtos.

Há anos a empresa mantém o CPT – Centro de Pesquisa e Tecnologia Vipal (em Nova Prata/RS) e o Vipaltec – laboratório de testes – respaldado pelo Inmetro – que oferece serviços para todo o segmento de pneus. A empresa se destaca ainda por ter sido a primeira companhia brasileira do setor a receber a certificação ISO 9002, além da ISO 9001:2008 e o certificado de verificação de desempenho para sua linha de bandas de rodagem pelo IFBQ/INMETRO.

Borracha, plástico e banco
A Vipal começou suas atividades produzindo materiais para consertos a frio de pneus e câmaras de ar, em 1973, em Nova Prata, Interior do Rio Grande do Sul, pelas mãos de Vicencio Paludo, filho de imigrantes italianos. Em 1986 a empresa lançou a linha camelback, massas comerciais e adesivos. Quatro anos mais tarde o Grupo adquiriu a Fazenda Tupi, em Nova Prata, e a transformou em área de preservação da mata de araucárias.

A linha Vipal de compostos chegou em 2002, ano em que adquiriu a marca Ruzi e trouxe novidades para o portófolio de bandas pré-moldadas e camelback. Em 2010, a Vipal e Fate (fabricante argentino de pneus) assinaram protocolo de intenções com o governo do Rio Grande do Sul para a instalação de uma fábrica no distrito industrial de Guaíba.

Com o passar dos anos, novas marcas foram incorporadas e os negócios se diversificando de modo que o Grupo Vipal ampliou sua atuação em outros segmentos do mercado, como a Plásticos Vipal – que se uniu à Turbozan, fabricante de tubos e conexões para criar a BR Plásticos, terceira maior transformadora de plásticos para construção civil do País. Em 2011, o Banco Central autorizou a conversão da Vipal Financeira em Banco Vipal. (JG)