Diferente dos últimos quatro anos, nos quais apenas o agronegócio foi o principal gerador de cargas rodoviárias no País, agora o setor industrial também já sinaliza crescimento, e vai alavancar ainda mais as vendas de veículos de carga este ano. A Avaliação é do diretor de vendas de caminhões da Scania Brasil, Ricardo Vitorasso, ao informar que o início de 2018 foi marcado por grandes vendas de lotes de caminhões Scania semipesados e pesados para transportadoras que estão renovando suas frotas.
De acordo com Vitorasso, do total acima de mil caminhões negociadas, aproximadamente 700 unidades já foram entregues para empresas de transporte como o G10, Transmarone, Jolivan, Tombini, Kothe e Cavalinho, entre outras. As vendas se referem a negociações iniciadas na Fenatran em outubro passado. “Todos esses clientes que compraram estão renovando e parte dos veículos – mais de 200 unidades – são equipadas com os novos motores de 450 e 510cv”, acrescentou o executivo, cuja expectativa é que este ano o mercado de caminhões acima de 16 toneladas de PBT cresça no mínimo 30%.
O destaque do executivo em relação ao volume de caminhões com a nova motorização se deve em razão de serem da nova família de motores que vai equipar os modelos pesados da marca que chegarão ao Brasil, em data não revelada pela empresa. Devido à alta pressão de injeção de diesel e outras melhorias técnicas, esses novos propulsores – que na Europa atendem à norma de emissões Euro 6 – apresentam consumo de combustível até 5% abaixo dos atuais motores da marca.
“Esses motores fazem parte do conceito de evolução continua dos produtos Scania e têm potencial para atingir índices ainda melhores que o campeão de vendas da marca, o Scania R-440”, disse. Lançado em 2013, o R-440 já tem mais de 28 mil unidades comercializadas, superando até mesmo o R-113, um dos modelos mais vendidos pela empresa no Brasil. Diante das vantagens proporcionadas pelos novos motores, a Scania conta que o próprio cliente comece a substituir o R-440 pelo R-450.
O executivo de vendas destaca também o desempenho dos modelos semipesados da linha P no mercado brasileiro durante o ano passado. Equipado com motor de 9 litros, e potência a partir de 250cv, os modelos P têm maior foco em atividades de distribuição urbanas e regionais. “Em 2017, a Scania cresceu 21,5% em participação no segmento, e o carro-chefe de vendas da linha P foi a versão 8X2”, disse Vitorasso, lembrando que esse é um caminhão que tem como público também o motorista autônomo, segmento puxado por operações com baú e sider, principalmente.
PLANOS DE MANUTENÇÃO
Outra aposta de crescimento da Scania é nos planos de manutenção, principalmente nos chamados “flexíveis”, para os quais há expectativa que cheguem a representar metade das vendas dos programas de manutenção no País até o final deste ano. O otimismo da empresa se deve em razão da personalização dos produtos, como a mensalidade variável, por exemplo, pela qual o transportador paga apenas pela quilometragem que rodar.
“Colocamos o mercado de transporte brasileiro no patamar de personalização da operação, isso é, conseguimos oferecer serviços individualizados e com pagamento que varia de acordo com a necessidade de cada caminhão”, disse Gustavo Andrade, gerente de portifólio de serviços. Andrade reforçou que a Scania confia na eficácia desse produto, pois sabe que essa preocupação com cada detalhe da operação do cliente é uma exclusividade da empresa.
A base de funcionamento da Manutenção com planos Flexíveis é a conectividade, porque a cobrança do é feita por meio dos dados recebidos do caminhão, assim também como o cálculo do plano e as paradas do veículo. “Conseguimos oferecer um pacote de soluções que traz resultados imediatos e reais, como, por exemplo, a redução do tempo de parada na oficina, menos emissão de CO2 e o próprio custo da manutenção”, explicou Andrade.
De acordo com Roberto Barral, vice-presidente de operações da Scania no Brasil, atualmente a empresa conta com pouco mais de 8 mil veículos conectados em todo o País. “Esse posicionamento é uma quebra de paradigma no mercado de transportes nacional e continuará na nossa estratégia durante 2018, junto com as demais ferramentas dos Serviços Conectados”, concluiu o executivo.