Dados divulgados pela Anfir – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários – apontaram recuo de 29,8% no total de implementos rodoviários emplacados em 2016, em relação ao volume entregue ao mercado em 2015. Foram 61.996 unidades ante 88.315 produtos.

“A indústria perdeu um terço de mercado. Porém se enxergarmos o mercado desde 2015 o abismo de produção é ainda maior”, avalia Alcides Braga, presidente da ANFIR-Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

Em 2015 o recuo no volume de emplacamentos com relação ao desempenho de 2014 foi de 44,76%. Na época os fabricantes de implementos rodoviários entregaram ao mercado 88.315 unidades ante 159.870 produtos vendidos no ano anterior. Em  dois anos, o setor acumula um recuo equivalente a mais de dois terços do mercado apurado em 2014.

De acordo com Cavalcante, há dois anos o setor empregava 71 mil trabalhadores em postos de trabalho direto e indiretos. Em 2016, o número de vagas ocupadas foi de 40 mil. “Sem alterações no modelo de financiamento e sem planos que voltem a fazer a economia crescer as empresas do setor não terão como aguentar”, desabafa.

Dados do setor

  • Reboques e Semirreboques (pesados): o total de emplacamentos em 2016 foi de 23.187 produtos, redução de 21,85% sobre o volume de 2015 quando o setor entregou 29.670 produtos.
  • Carroceria sobre chassis (Leves): recuo de 33,82%. De janeiro a dezembro de 2016 foram vendidas 38.809 unidades contra 58.645 produtos em igual período de 2015.

Exportação apresenta resultados positivos

  • De janeiro a novembro de 2016 foram enviadas ao exterior 3.631 unidades enquanto no mesmo período de 2015 foram exportados 2.944 produtos.
  • No ano passado, foi criado o projeto de exportação da ANFIR com a Apex-Brasil-Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos e o saldo foi positivo. O volume de negócios que poderá ser realizado pela indústria deve ultrapassar os US$ 35,1 milhões.
  • O programa acertado entre as duas entidades incluiu três rodadas de negócios e a participação em uma feira setorial. A primeira rodada de negócios foi na Colômbia, em junho; seguida da presença do setor na Expomina Peru 2016, em setembro. Em outubro foi realizada no Chile a segunda rodada de negócios e em novembro a terceira, em São Paulo, com a vinda de 11 empresas estrangeiras.
  • Em 2017 o projeto deverá continuar com a escolha de novos mercados-alvo.