Rodovias do País voltam a ser bloqueadas por motoristas de caminhão. A categoria quer discutir com o governo federal o preço do diesel, pois os aumentos praticados prejudicam a população e elevam os custos de todos os setores produtivos do País. Nesta terça, o preço do diesel sobe 0,97% nas refinarias. O preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano.

Até o momento onze Estados brasileiros apresentam pontos com manifestações. São Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.

Os motoristas devem ter cuidado em alguns locais como na na BA-535 (Via Parafuso), na altura do km 10, que está bloqueada nos dois sentidos da rodovia e na BR-101, no km 282, em Santa Catarina onde os caminhões já interromperam o tráfego.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou também doze pontos de bloqueios de caminhoneiros nas rodovias do MT. As vias são interditadas, porém automóveis, veículos de emergência e os veículos pesados com cargas vivas e perecíveis são liberados.

Os postos no MT são

Primavera do Leste – BR-070, km 282
Campo Verde – BR-070, km 383
Sapezal – BR-364, km 1120
Comodoro – BR-174, km 488
Rondonópolis – BR-364, km 200
Nova Mutum – BR-163, km 593
Sinop – BR-163, km 821 e km 854
Lucas de Rio Verde – BR-163, km 686
Cuiabá – BR-070, km 504
Cuiabá – BR-364, km 398
Diamantino- BR-364, km 613

As entidades coordenadoras das manifestações, sediadas por todo o País, afirmam que o movimento é pacífico e que todos os motoristas estão sendo orientados a não carregarem e a permanecerem parados nas empresas ou em casa. Segundo a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), os sindicatos também estão informando que caminhões carregados com cargas vivas, medicamentos, ambulâncias, ônibus e carros em geral não serão impedidos de trafegar pelas rodovias.

O presidente da CNTA, Diumar Bueno, afirmou que a categoria quer discutir com o governo federal o preço do diesel, pois os aumentos praticados prejudicam a população e elevam os custos de todos os setores produtivos do País. “Para se ter ideia, o preço do óleo diesel tem um impacto de mais de 50 % na planilha de custos dos caminhoneiros. Por isso, eles querem a criação de um subsídio ou a redução da carga tributária, como do PIS e COFINS, que custam13% sobre o valor do diesel e a alíquota do ICMS passa 20%”, disse Bueno. As assembleias tiveram início semana passada questionam também a cobrança de pedágio do eixo levantado quando o caminhão vazio.

Na segunda -feira (21/5) a noite o governo se reuniu para discutir o assunto e hoje (22/5) as reuniões devem prosseguir para chegar a uma decisão para evitar estes aumentos frequentes no preço do diesel e também da gasolina.

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