O segmento de veículos pesados atingiu a marca de 101.335 caminhões licenciados durante 2019, apresentando avanço de 33,3% em relação a 2018. O maior crescimento, como era previsto desde o início do ano, está nos modelos pesados.

Nesta categoria, houve aumento de 34.785 para 51.718 veículos, apresentando alta de quase 50% nos emplacamentos no comparativo ano a ano e em grande parte para atender o setor do agronegócio.

Os caminhões semipesados também alcançaram bom desempenho ano passado, com 23.227 unidades licenciadas, contra 17.869 no período anterior. Um crescimento de 30%. E os modelos médios avançaram 31,2%, saltando de 7.675 para 10.069 veículos.

Os caminhões leves, por sua vez, sofreram pequena queda no número de licenciamento, recuando de 11.544 unidades para 11.242 (redução de 2,6%). Já os semileves subiram de 4.121 para 5.079 mostrando um crescimento de 23,2%.

Os 101.335 caminhões licenciados em 2019 confirmam mais uma vez a recuperação da indústria de veículos pesados, cujo volume em 2016 ficou em apenas 50.559 unidades.

Em 2017, a indústria havia emplacado  51.941 e avançou para 75.987 no ano seguinte. Outro destaque é o volume de emplacamentos no último mês de 2019 (8.598 caminhões), o melhor desde 2014.

De acordo com a previsões da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o ano de 2020 com novo crescimento, atingindo o total de 120 mil caminhões licenciados no País.

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As montadoras instaladas no Brasil produziram juntas 113.476 caminhões em 2019 das categorias semileves, leves, médios, semipesados e pesados

PRODUÇÃO DE VEÍCULOS MONTADOS – Durante o ano de 2019 a indústria de caminhões produziu 113.476 unidades, contra as 105.534 produzidas em 2018. Assim como os licenciamentos, os modelos pesados tiveram maior volume de produção, com 61.730 unidades.

Os semipesados atingiram a marca de 27.112 veículos; os médios 6.642 e os leves 18.014. Já os semipesados tiveram a produção de 968 unidades.

O ano de 2019 não foi bom para as exportação de caminhões, pois com a crise na Argentina, o maior comprador de veículos produzidos no Brasil, a queda registrada chegou a 45% recuando de 24.642 unidades enviadas durante o ano de 2018 para 13.552 em 2019.

O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, destacou que 2020 começa em melhores condições que 2019, pois há uma maior tendência ao consumo.

Porém, o executivo alertou para que ninguém se engane apenas com o otimismo, porque investimentos em infraestrutura, empregos e redução do custo Brasil são importantes para o crescimento do País.

“Precisamos continuar com as reformas e ter um País mais ambicioso. Governo, congresso e sociedade precisam ser mais ambiciosos”, reforçou Moraes, acrescentando que não devemos também nos iludir com o PIB (previsão de 2,3%) senão teremos apenas mais um “voo de galinha”.

O presidente da Anfavea destacou também a necessidade da redução do custo Brasil, com menos burocracia, melhoria da logística e redução de problemas tributários, realidade que afeta não somente o setor automotivo como todo tipo de indústria.