A Mercedes-Benz anunciou nesta desta terça-feira (30 de junho) o fim de produção do Atron 1635, o último caminhão com capô sobre o motor produzido no Brasil. Há anos, montadoras como Scania e Volvo já haviam deixado de produzir veículos pesados com este tipo de cabine.
A transição para a cabine avançada, também conhecida como “cara-chata”, se deve ao maior aproveitamento da plataforma de carga. Isso porque a cabina avança para frente e ganha o espaço que seria ocupado pelo motor.
O fim do Atron 1635 – último representante de uma geração de caminhões Mercedes-Benz lançada há mais de 30 anos – cumpre o anúncio havia sido feito pela montadora durante a Fenatran 2019.
“Como havíamos antecipado, a produção do Atron seria encerrada este ano, dentro de um processo natural de evolução tecnológica de nossa linha de caminhões”, disse o vice-presidente de vendas e marketing caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Roberto Leoncini .
Seu substituto, o Axor nas versões 2036 4×2 e 2536 6×2, tem motor mais potente e maior capacidade de carga. Leoncini acrescenta que o sucessor irá manter aquilo que os clientes já conhecem e aprovaram no Atron 1635, porém, agregando mais valor em qualidade, desempenho, economia, conforto e tecnologia.
O Atron 1635 se destacou em diversas aplicações, entre elas graneleiro, prancha, porta contêiner, tanque de combustível, produtos químicos e basculante entre várias outras. Segundo informações da fabricante, até maio de 2020 o modelo contou com 4.200 unidades emplacadas no Brasil desde o seu lançamento, em fevereiro de 2012.
“Em Minas Gerais, por exemplo, é o preferido dos caçambeiros, daí o expressivo volume histórico de emplacamentos no Estado”, complementou Leoncini.
A Mercedes-Benz passou a adotar o nome Atron para seus caminhões bicudos a partir de 2012, porém, os modelos eram produzidos desde 1989, com a oferta dos médios L 1214, L 1218 e L 1418. Depois vieram os semipesados 1620 e 1622 e os extrapesados LS 1935 e LS 1941
