Implantação da inspeção técnica veicular e a criação de sistema de informações de acidentes veiculares em todo o território nacional foram sugeridas pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, em abril passado. As contribuições técnicas, de entidades da cadeia automotiva brasileira e órgãos responsáveis por mobilidade, irão compor as diretrizes do Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2010, que integram o programa internacional da ONU – Organização das Nações Unidas-, denominado “Década de Ações para a Segurança Viária”, ao qual estão convocados os 192 países membros.

De acordo com o presidente da AEA, Edison Parro, o Brasil precisa implantar o seu programa de inspeção técnica veicular, que está atrelado a outros três programas, segurança veicular, reciclagem veicular e renovação de frota. “Temos convicção de que 30% da frota nacional será descartada, possibilitando assim a redução de acidentes de trânsito, na medida em que esses veículos não garantem mais segurança à população”, destaca. Outro projeto à formulação das diretrizes do Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária é a criação de banco de dados de acidentes de trânsito em todo o País. “Nossas estatísticas sobre a mobilidade nacional simplesmente inexistem. E o pior, não sabemos sobre a natureza e a causa dos acidentes de trânsito. Por isso, a proposta do profº Ronaldo Salvagni, da USP e membro da AEA, é fundamental ao sugerir a adoção do recente modelo de banco de dados implantado na Austrália”, argumenta Parro. A taxa de óbitos por 10 mil veículos, em 2007, no Japão foi de 0.8, na Alemanha e no Reino Unido de 0,9; na Austrália de 1.1, na Nova Zelândia de 1.3 e nos Estados Unidos de 1.6. No Brasil, essa taxa é de 70 mortes por 10.000 veículos.