A Aesa, empresa do setor de reposição de molas e peças para veículos de carga do Brasil, lança em agosto os primeiros produtos da linha de molas parabólicas, que são mais utilizadas na Europa e nos Estados Unidos. Para dar início à produção das parabólicas, a empresa investiu cinco anos de pesquisas em parceria com os centros tecnológicos como a USP de São Carlos e as Universidades Federais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e na análise de desempenho de equipamentos para produção das molas parabólicas em países como a Alemanha, Inglaterra, China e Turquia.

Com isso, a meta é conquistar novos mercados e alavancar as exportações, que já representam 20% do volume de produção. Só no ano passado, a empresa cresceu 40% nas vendas para o mercado externo que inclui países da América Central, América do Sul e África. Dos R$ 40 milhões faturados em 2006, R$ 30 milhões vieram da venda de molas, principal produto da indústria que também fabrica grampos, espigões e pinos de olhete para o setor de autopeças e expanders para o setor de bicicletas. Neste ano, a empresa projeta um crescimento de 20%.

Com quase 10 anos de presença no mercado brasileiro, as molas parabólicas começaram a ganhar força no país a partir de 2002 com a profissionalização do setor de transportes nacional. A projeção para 2007 é que 70% dos veículos de carga lançados no mercado doméstico venham com as parabólicas. A empresa destaca que esses produtos são mais confortáveis, porém sensíveis a defeitos de superfície e sobrecarga, e têm custo de produção mais elevado, devido à matéria-prima e aos processos ainda não muito comuns no Brasil. Em máquinas e matérias-primas, a Aesa investiu mais de US$ 2 milhões para entrar neste novo mercado. Já com as pesquisas, amostragens de produtos, testes e implantação de processos tecnológicos foram mais US$ 2 milhões.