A prefeitura de Curitiba/PR foi a primeira cidade brasileira a utilizar o asfalto de borracha em suas ruas e até o final de março pretende ter sete quilômetros de pavimentação com esse tipo de produto. Na capital paulista, o governo municipal começou a implantá-lo a partir de fevereiro e já possui cerca de 4 quilômetros de extensão do pavimento ecológico. Já a concessionária Ecovias, que administra o sistema Anchieta-Imigrantes e uma das primeiras empresas a empregar o material emborrachado, tem a intenção de utilizá-lo em todo percurso de suas rodovias até 2010. No Ceará existem dois projetos pilotos com o produto composto de 20% de borracha e o restante de asfalto, numa parceria entre a Universidade Federal do Ceará e a BR Distribuidora, para pavimentação de dois trechos de 250 metros.
Para o diretor-superintendente da Ecovias, João Lúcio Donnard, essa modalidade de pavimento é 30% mais cara e 40% mais resistente que a convencional e destaca que sua utilização é mais vantajosa. Já o gerente da Greca Asfaltos, Paulo da Fonseca, ressalta que estudos mostram a durabilidade de até 5,5 vezes mais em relação a pavimentação comum. Essa empresa acredita no aumento da demanda pelo composto e por isso está duplicando a capacidade de produção de suas usinas. Conforme o superintendente da usina de asfalto da prefeitura de São Paulo, Valter Antonio da Rocha, a vida útil do asfalto de borracha é praticamente o dobro da convencional. Para Marcelo Alvarenga, proprietário da empresa Mazola, responsável pelo recolhimento de resíduos sólidos da DPaschoal, a transformação do pneu em pó de borracha é muito cara e pode ser inviável financeiramente.
Segundo a Associação Nacional da Indústria Pneumática (Anip), Walter Tegani, em 2004 haviam 11 milhões de pneus velhos e no ano passado investiu R$ 26 milhões para destruir os pneus sem utilização, chegando a marca de 100 milhões de pneus desintegrados de forma ecologicamente correta. A associação possui 171 pontos de coleta do produto em todo País em parceria com as prefeituras