O diretor da Aslog (Associação Brasileira de Logística) e empresário do setor, Markenson Marques, propõe oito horas de descanso na jornada de trabalho dos motoristas de caminhão. A solução para o impasse no estabelecimento da jornada de trabalho dos caminhoneiros, sem lei específica, é a regulamentação da carga horária dos profissionais, com direito a oito horas ininterruptas de descanso, além de pausas de 30 minutos para cada quatro ou cinco horas trabalhadas.

Essa foi a proposta apresentada pelo diretor da, durante o 8º Seminário de Transporte Rodoviário de Cargas, em Brasília. O diretor representou a entidade sob o aval do presidente da associação, Adalberto Panzan Júnior. O encontro reuniu cerca de 400 pessoas, entre parlamentares, líderes de classe e outros interessados, em torno de temas caros ao setor, como infra-estrutura e investimentos. No entanto, Markenson afirma que o tempo de direção foi o centro do debate.

Durante o encontro, o diretor revelou que o tempo parado nas filas representa a segunda causa de estresse entre os caminhoneiros, o que afeta a produtividade e eleva a possibilidade de acidentes. \”O caminhão parado nas filas representa um custo enorme, maior que a locação de mais empilhadeiras para agilizar o processo de carga/descarga. Enquanto um caminhão parado com 25 toneladas de carga custa R$ 40,00 por hora, uma empilhadeira custa em torno de R$ 18,00 a hora\”, argumenta Markenson.

A regulamentação da estadia dos veículos foi estabelecida no ano passado pela lei 11.442, que prevê tempo máximo para embarque e desembarque de cinco horas, com multa de R$ 1 por tonelada hora no caso de infração. Entretanto, esse tempo deixou de ser obrigatório com a aprovação da lei 11.524/2007, que dá brecha para o prolongamento da estadia por meio do estabelecimento de contratos.