A carga tributária aumentou durante quase todo o governo de Fernando Henrique Cardoso e em 2002 atingiu o recorde de 35,86% do PIB, ou R$ 473,8 bilhões. Nos últimos cinco anos, o pagamento de tributos por parte dos brasileiros cresceu 20,6%, ou seja, um crescimento médio de 3,8% ao ano. De acordo com o estudo da Receita Federal é o percentual mais alto da América Latina (no México e Chile são 22%) e é comparado a países de primeiro mundo como a Suécia (47%) e Alemanha (36,45%). Em 1995, quando FHC assumiu o governo, o peso de contribuições e impostos estava em 28,61% do PIB. Já o governo atual não prevê queda e diz que a carga tributária poderá até crescer. “A reforma tributária poderá elevar a carga por um aumento da eficiência dos sistema. Nesse caso o governo terá espaço para reduzir as alíquotas de alguns tributos”, disse o coordenador-geral de Política Tributária da Receita, Márcio Verdi. No ranking dos impostos, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), ocupa o primeiro lugar, com R$ 104,3 bilhões arrecadados, seguido pelo Imposto de Renda, com R$ 88,5 bilhões.