Um projeto liderado pela França com a participação de outros países europeus, colocará em breve no espaço o satélite Corot (abreviação inventada em inglês para “convecção, rotação e trânsitos planetários”), com objetivo de localizar outras “Terras” fora do Sistema Solar. Fora da Europa, somente o Brasil está participando do projeto e em condições de igualdade. “É a primeira vez que cientistas brasileiros têm a chance de participar do projeto de um satélite astronômico desde a sua concepção”, afirma Eduardo Pacheco, do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP. “Aliás, é a primeira vez na história da humanidade que teremos a chance de descobrir planetas do tamanho da terra”, comenta. No sistema solar, a zona habitável corresponde à faixa entre as órbitas de Vênus e Marte, capaz de manter água em estado líquido na superfície. O projeto envolve custo de US$ 40 milhões e o Brasil vai arcar com US$ 300 mil. Os cientistas brasileiros serão responsáveis pela recepção de parte dos dados enviados pelo satélite na estação do Inpe em Natal/RN, irão criar um programa de computador responsável pelo tratamento dos dados e o País também terá direito de executar cinco grandes programas científicos de observação, mesmo número que outros participantes.