O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou ontem (9/07) as operações de reestruturação dos pólos petroquímicos do Sul e Sudeste, com contornos mais competitivos e escala mundial. No pólo petroquímico Sul, a operação foi construída em duas etapas.  Na primeira, Braskem S.A. e Petrobras adquiriram – na proporção de 60% e 40%, respectivamente – os ativos petroquímicos do grupo Ipiranga, consistentes na Ipiranga Química, produtora de polietilenos e polipropileno; Ipiranga Petroquímica, distribuidora de tintas e solventes; e na participação da Ipiranga na Copesul, consolidando o controle da Braskem sobre essa central petroquímica.

Em seguida, Braskem e Petrobras celebraram acordo de investimento, para aumentar o capital social da Braskem mediante incorporação das participações societárias detidas por Petrobras em Copesul, Ipiranga Petroquímica, Ipiranga Química, Petroquímica Paulínia S.A., produtora de polipropileno localizada no Sudeste, e Triunfo, produtora de polietilenos e EVA.  A incorporação de até 100% do capital social de Triunfo por Braskem deverá ser definida até o final deste ano.  Ao final da operação, a participação da Petrobras no capital social da Braskem será de 30%.

A operação do pólo do Sudeste também foi construída em duas etapas.  Em primeiro, a Petrobras adquiriu o controle acionário da Suzano Petroquímica, empresa que atua na produção de polipropileno.  Em seguida, negociou com a Unipar a criação de uma Sociedade Petroquímica – hoje já batizada com o nome Quattor – cujas ações são detidas por Unipar e Petrobras na proporção de, respectivamente, 60% e 40%.  Unipar e Petrobras aportarão certos ativos petroquímicos detidos no Sudeste na Quattor, que então assumirá as atividades da Divisão Química da Unipar e controlará as centrais petroquímicas PQU e Riopol, além das empresas de segunda geração Suzano e Polietilenos União.