As rodovias federais continuam em evidência quando o assunto é aumento no número de acidentes. As BRs tiveram crescimento de 3,3% no número de acidentes em relação ao ano anterior. Este aumento é ainda maior quando comparado com o ano 2008, 34%. As ocorrências são provocadas principalmente por motoristas de carros de passeio e registradas aos fins de semana e à luz do dia, segundo análise dos dados de 2011. Apesar desse retrato, a falta de planejamento de ações de segurança viária e de punições rígidas aos infratores faz com que não haja regressão nas estatísticas.  O levantamento anual foi realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). De acordo com o estudo, os 68,9 mil quilômetros de rodovias atendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) registraram 188,9 mil acidentes que deixaram 104,4 mil pessoas machucadas e 8,5 mil mortos – um número semelhante ao saldo de mortes decorrentes dos conflitos na Síria no último ano. No Paraná, conforme o DNIT, foram atendidos 21,8 mil acidentes, com 12,1 mil feridos e 725 mortos. Em comparação com os registros de 2010, o crescimento no índice de acidentes no estado foi de 5,1%. O aumento só não é mais preocupante porque a frota em circulação também cresceu no período. No País, a frota aumentou 8,8%, enquanto que no Paraná cresceu 7,6%, ou seja, índices superiores aos de acidentes. Os dados revelaram também que 54% das ocorrências no ano passado envolveram carros de passeio, 86,9% dos condutores envolvidos eram homens, 26,8% deles tinham entre 30 e 40 anos, 32,9% das colisões ocorreram no período da tarde e 46,4% aos finais de semana. O mês de julho, que concentra as férias escolares, teve a maior incidência de acidentes, com 16,8 mil casos (8,9% do total de ocorrências anuais). O início da rodovia BR-316 na região metropolitana de Belém, no Pará, está no topo do número de acidentes, acumulando, em 2011, 229 ocorrências. No Paraná, o trecho mais perigoso está no quilômetro 12 da BR-469, em Foz do Iguaçu. No local, que fica nas proximidades do Parque Nacional do Iguaçu e tem movimento elevado, foram registrados 43 acidentes no ano passado. Já para a PRF, que usa uma metodologia diferente, os trechos mais preocupantes estão na BR-277, nas proximidades de Foz e no entorno de Paranaguá, no Litoral.

Fonte: Gazeta do Povo/ PR