A manifestação realizada pelos carreteiros que paralisaram as operações no pátio de triagem do terminal de Paranaguá/PR, durante 13 horas, de segunda-feira (03/03) para terça-feira (04/03), impulsionou a seguinte decisão: os motoristas que ficarem parados na fila para descarregar no Porto de Paranaguá, ao longo da BR-277, vão receber das operadoras que estão embarcando a soja, diárias no valor de R$ 0,25 a tonelada/dia, após duas horas que o caminhão passar na praça de pedágio da rodovia 277. Porém, o valor estabelecido pode causar nova polêmica, já que o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Setcepar), o Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Paraná e os representantes dos operadores portuários e dos embarcadores de carga, se reúnem para rever a tabela.
Segundo o presidente do Setcepar, Rui Cichella, a tabela de R$ 0,25 é de 2001 e não foi reajustada para R$ 1,75 tonelada/hora. Já o coordenador do Movimento Brasil União dos Caminhoneiros nos Campos Gerais e em Curitiba, Neuri Leobet, acredita que Cichella está apenas querendo tumultuar o entendimento com a direção do porto “e por isso estão pedindo este valor alto”, disse.
Cichella defende que as empresas estão utilizando os caminhões como armazéns e têm que pagar por isso. Mas, o Paraná está colhendo safra recorde de soja e os embarcadores querem acelerar a colheita para mandar para o porto. “Eles carregam os caminhões com o soja e os mandam para o porto. A punição para essa falta de programação deve ser o pagamento de uma diária reajustada”, concluiu.