A sífilis tem preocupado as autoridades. Segundo relatório do Ministério da Saúde (entre 2010 e 2018), o número de casos confirmados no Brasil aumentou 4.157%. Mais de 246 mil pessoas contraíram a doença só em 2018. A relação sexual sem proteção é, ainda, a principal forma de transmissão da doença. Por isso é fundamental o uso de preservativo.

Entenda sobre a sífilis
É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode ser transmitida na relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto.

Sinais e Sintomas
Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

Sífilis primária
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele). Aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias; normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias; Febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Sífilis latente – fase assintomática
Não aparecem sinais ou sintomas; É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção); A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis terciária
Pode surgir de 2 a 40 anos após o início da infecção; Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Diagnóstico
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial.

Nos casos de TR positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial para confirmação do diagnóstico.

Em caso de gestante, devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o resultado do segundo teste.

Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos, especialmente penicilina. Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.