A Mercedes-Benz do Brasil está completando 65 anos de instalação no Brasil e o seu CDT – Centro de Desenvolvimento Tecnológico. Localizado dentro da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, é o maior do Brasil e da América Latina no segmento de veículos pesados e também o maior do Daimler fora da Alemanha.
A importância do CDT se explica pelos caminhões, chassis de ônibus e trem de força desenvolvidos para o mercado brasileiro e países da América Latina e de outros continentes. “Estamos 100% integrados às atividades de desenvolvimento da Daimler, ou seja, a equipe brasileira faz parte da Engenharia mundial da Companhia, sendo um braço importante para a criação de produtos locais e globais”, diz Thomas Lemcke, diretor de Desenvolvimento de Powertrain da Mercedes-Benz do Brasil.
Lemcke acrescentou que a prova está no fato de o CDT ter passado a ser o responsável global pela plataforma de motores a diesel das famílias BR900 e OM400 para caminhões, ônibus e até mesmo outras aplicações off-highway, como em trens na Europa e no mundo inteiro.
“É um grande reconhecimento para o time e um importante marco na nossa história. Esses motores também são produzidos localmente e exportados para diversos mercados e aplicações, como motores pesados da família OM 400 para a Detroit Diesel nos Estados Unidos e OM 900 para ônibus no México”, completa.
Na palavras do presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO da América Latina, Karl Deppen, o CDT é motivo de orgulho para a companhia e um legado para a engenharia brasileira. “Aqui, pessoas e tecnologias estão a serviço da mobilidade, sustentabilidade e do ecossistema do transporte responsável, para hoje e para o futuro da sociedade”, afirma.
A Mercedes-Benz do Brasil posiciona o seu Centro de Desenvolvimento Técnico no mesmo nível de CDTs similares instalados na Alemanha, Estados Unidos, Japão e Turquia, desenvolvendo projetos globais que podem ser lançados em vários países.
De acordo com Karl Deppen, desde sua inauguração o CDT já ficou claro que a unidade brasileira teria um papel fundamental dentro da Daimler Trucks”. O executivo acrescentou que a trajetória de 30 anos é fruto do trabalho de profissionais competentes que ajudam a construir uma empresa inovadora em tudo que se propõe a fazer.
A estrutura do CDT da Mercedes-Benz do Brasil conta 563 profissionais especializados, entre engenheiros, técnicos e especialistas. “O CDT traz em sua essência o DNA de pioneirismo e inovação da marca, disponibilizando soluções para o transporte de cargas e passageiros e indicando tendências de mercado”, concluiu Deppen.
Para o diretor de desenvolvimento de caminhões Mercedes-Benz, Daniel Spinelli, o CDT se destaca pela diversidade de profissionais que aqui trabalham, de várias origens, daqui e do exterior, que trazem a riqueza de conhecimento e de culturas para a empresa.
“O caminho inverso também acontece, com muitos engenheiros e técnicos brasileiros se transferindo para outras unidades da Daimler no mundo, levando know-how, proatividade e criatividade ao desenvolvimento de projetos para outros mercados”, complementa.
Em sua opinião, baseado em elementos corporativos globais, como qualidade, inovação e planejamento, o CDT do Brasil é uma universidade de tecnologia para cada engenheiro, contribuindo para seu crescimento profissional e intelectual.
“Nós ajudamos a engenharia nacional a evoluir e a alcançar uma melhoria contínua”, afirma, citando que muitos profissionais do Brasil estiveram na Alemanha durante a fase de desenvolvimento dos caminhões extrapesados da família Novo Actros, que chegaram ao mercado brasileiro em 2020”. Trouxemos um caminhão global, mas desenvolvemos aqui um modelo sintonizado com a realidade dos clientes e do transporte de cargas”, adicionou Spinelli.
Ele explica que a cabina brasileira do Novo Actros é um exemplo significativo da integração da Mercedes-Benz do Brasil na plataforma global de desenvolvimento de caminhões da Daimler. Ela é utilizada em modelos da série Novo Actros F comercializados pela Mercedes-Benz Trucks em 24 países da Europa e de outros continentes.
“Ou seja, um produto global desenvolvido pela equipe brasileira que permitiu à Mercedes-Benz do Brasil exportar pela vez um projeto desse porte para a matriz. “O CDT teve papel relevante no desenvolvimento das demais linhas de caminhões, como os novos modelos para as linhas Accelo (como o 1316 6×2, cabina estendida e câmbio automatizado), Atego (3030 8×2 e câmbio automatizado) e Axor”, concluiu Spinelli.