Segundo dados da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), mesmo com o clima desfavorável à dispersão de gases na atmosfera em São Paulo no ano passado, houve a diminuição da poluição atmosférica nessa região. Para o diretor de meio ambiente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), Alfredo Castelli, o Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores) impõe limites máximos para emissões de poluentes veiculares, com metas rigorosas, o que reflete na melhoria da qualidade do ar. \”Em 2005, o clima de pouca chuva e vento na cidade dificultou a dispersão dos poluentes. Mesmo com esse fenômeno de inversão térmica, os automóveis poluíram muito menos, em razão do Proconve\”, explica Castelli.
Em 2006, o programa Proconve completou 20 anos de implantação no País e entre os gases controlados pelo programa estão o monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NOx). Com isso, houve a redução na emissão de poluentes em mais de 90% nos automóveis e 80% nos caminhões, conforme dados apresentados pelo coordenador do Proconve/Promot – IBAMA, Paulo Macedo, durante o seminário \”Proconve: Caminho de Sucesso e Tecnologias para o Futuro\”, realizado pela AEA. Além disso, as concentrações de monóxido de carbono excederam o padrão de qualidade do ar para oito horas (9ppm) somente uma vez em 2005. Também não foram detectadas ultrapassagens no nível de atenção (15ppm) e as concentrações médias apresentaram tendência de queda motivada, principalmente devido a renovação da frota de veículos leves.
O Governo federal já planeja as próximas etapas do Proconve para que autoridades e especialistas no assunto comecem a estudar o desenvolvimento de novas tecnologias, além da produção de um combustível mais adequado ao meio ambiente e que também possam definir a legislação desta próxima fase. A fase seis, no entanto, está prevista para vigorar a partir de 2009.