Rodovias que tiveram a manutenção repassada à iniciativa privada por conta do programa de concessões rodoviárias do governo estadual, em 2008, apresentam situações precárias e pouca segurança. Esse é o caso da SP-308 (Rodovia do Açúcar)  – administrada pela Rodovias do Tietê – localizada entre Salto e Piracicaba, no centro-leste de São Paulo. Do km 110 ao km 140, a pista sentido interior tem acostamento sem asfalto e está cheia de buracos. Em outros pontos, o desnível entre o asfalto e a terra, coberto pelo mato, cria armadilhas para os motoristas. Com a chuva, poças de água se formam no acostamento e o barro invade a pista. Embora a duplicação do trecho tenha sido iniciada, a estrada continua com pista simples, e o asfalto está cheio de remendos. Há até buracos no asfalto, como no km 126. No trecho de 65 quilômetros, há duas praças de pedágio, para carros a tarifa custa R$ 2,40 no km 109,3 e R$ 3,60 no km 147,3, o valor é cobrado na ida e na volta e os caminhões pagam conforme o número de eixos. A concessionária Rodovias do Tietê informou que o acostamento no trecho em terra será feito com a duplicação da rodovia, obra prevista para terminar em maio de 2014. A SP-308 está sendo recapeada em 38 quilômetros para corrigir defeitos na pista e, segundo a empresa, as obras estão dentro do prazo. Outra rodovia que apresenta problemas semelhantes é a Raposo Tavares (SP-270), entre Vargem Grande Paulista e Sorocaba. Pelo contrato de concessão, a duplicação total da estrada já deveria ter sido concluída, mas só foram feitos os contornos de São Roque e Brigadeiro Tobias. Ainda são pelo menos 58 km de pista simples, com muitas curvas e tráfego intenso. A advogada Jocely Monteiro Guedes Ribeiro, que utiliza a estrada com frequência, reclama da lentidão no trânsito. \”Nos fins de semana, os veículos andam em fila e não há como ultrapassar.\” O contrato original com a concessionária Viaoeste previa a duplicação em quatro anos. O prazo foi renegociado a e empresa ganhou mais quatro anos – até 2006. A obra não foi feita, a empresa foi incorporada pelo grupo CCR e um termo aditivo esticou de novo o prazo, desta vez para 2014. Como nem a licença ambiental foi expedida é provável que ocorra novo atraso.

Fonte: Agência Estado