Começou nesta segunda-feira (18/06), o regime de \”lay off\” na fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo. Com a medida, serão suspensos contratos de aproximadamente 1,5 mil operários por um prazo que pode chegar a cinco meses.
Segundo informações da montadora, a lista dos funcionários atingidos já foi homologada no Ministério do Trabalho. Na última quarta-feira (13/06), os trabalhadores foram informados sobre os procedimentos que devem tomar a partir de agora. Eles começam a frequentar – duas vezes por semana – um curso de qualificação profissional do Senai, cuja carga horária soma 300 horas (60 horas por mês).
O \”lay off\” – adotado pela primeira vez na história de mais de 50 anos da montadora no país – foi anunciado no fim de maio como alternativa para evitar demissões em massa ante a forte queda no consumo de caminhões. Os operários poderão voltar ao trabalho se o mercado melhorar.
Dados da Anfavea – a entidade que representa as montadoras – mostram recuo de 12,5% nas vendas e de 32,8% na produção de caminhões até maio. A maioria dos fabricantes fez ajustes de produção que vão desde paradas pontuais a férias coletivas.
Hoje, a MAN, líder no mercado de caminhões com a marca Volkswagen, volta a funcionar, após duas semanas de férias coletivas. Em Curitiba (PR), a Volvo deixou de produzir aproximadamento de 600 caminhões durante seis paradas em dias alternados entre o fim de maio e início de junho.

Fonte: Valor Econômico