O credenciamento para a 23ª edição da Fenatran já está aberto. A feira, considerada a maior de transporte de cargas e logística na América Latina, volta ao modo presencial e espera público recorde durante os cinco dias. Mais de 500 empresas já estão confirmadas e esse número é 20% maior quando comparado a última edição de 2019.

A expectativa de crescimento também está relacionada ao volume de negócios gerados. Na edição desse ano a estimativa é de R$ 9 bilhões contra R$ 8,5 bilhões na edição anterior. Para Luiz Bellini, diretor de portifólio da RX (Reed Exhibitions) – organizadora do evento-, um dos principais motivos para essa expectativa positiva são as novas tecnologias, o avanço da Euro 6 e o engajamento das empresas na retomada da feira. Já a gerente da Fenatran , Ana Paula Pinto, acredita que a edição desse ano será a “Fenatran das Fenatrans” e espera receber mais de 65 mil visitantes durante o evento.

Para o presidente da NTC, Francisco Pelucio, comentou que a retomada da Fenatran de forma presencial será fundamental para voltar a criar a sinergia entre expositores e visitantes, e ajudar a promover a retomada dos negócios. O mesmo sentimento de otimismo também é validado pelos executivos das montadoras que vão aproveitar o encontro para apresentar para clientes e visitantes em geral os seus principais lançamentos e novas tecnologias em destaque para o Euro6.

Montadoras na Fenatran

As montadoras vão aproveitar a participação na Fenatran para destacar as suas novas tecnologias e a motorização Euro6.

A DAF aposta em um volume significativo de vendas e aproveita a sua participação para ressaltar os seus nove anos de mercado e seus principais lançamentos, produtos e serviços.

Já a Iveco vai apresentar o portfólio completo Euro 6, soluções em combustíveis alternativos para o transporte de cargas e sistemas de conectividade no suporte ao cliente por meio da nossa Rede de atendimento.

A Mercedes-Benz aproveita o momento para destacar a importância de adotar o Euro 6 e os impactos para o meio ambiente assim como estreitar o relacionamento com grandes frotistas e pequenos transportadores.

A Scania também tem boas expectativas com a Feira, que marcará os encerramentos das comemorações dos 65 anos da empresa no Brasil. A marca vai apresentar o seu novo portfólio completo de produtos Euro 6, desde os semipesados, passando pelos pesados e fora de estrada, com destaque para a sustentabilidade e as soluções de serviços para o transporte.

A Volvo vai mostrar para os clientes de todo o País uma série de inovações com objetivo de ajudar transportadores a contar com maior disponibilidade de seus caminhões e com menor consumo de combustível. Anunciou que a empresa já está se adequando à Euro 6 .

A Volkswagen Caminhões e Ônibus anunciou que vai proporcionar uma experiência completa aos clientes, com um apelo forte em conectividade, serviços digitais, prestação de serviços, pós-vendas, valor de revenda e ESG.

Mercado de transporte rodoviário de cargas

Apesar de todas as previsões positivas para a Fenatran, os presidentes das entidades acreditam que os reflexos da pandemia somados a crise econômica enfrentada pelo País ainda são sentidos. Para o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, acredita que o mercado de caminhões deve encerrar 2022 praticamente com o mesmo volume do ano passado (130 mil unidades). Ele ressalta que esse desempenho foi provocado pela crise dos semicondutores. Para o próximo ano, a produção continuará ainda sendo limitada pela falta de semicondutores até julho e por isso a estimativa de crescimento não deverá ser superior a 10%, segundo o executivo. 

O presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículo Automotores), José Maurício Andreta Júnior, também aposta em um num crescimento do mercado total em 2022 nos mesmos níveis do ano passado, devendo registrar um crescimento em torno de 4,5 a 5%. Outro mercado que deve encerrar o ano com o mesmo desempenho do ano passado é o de implementos rodoviários. De acordo com José Carlos Spricigo, presidente da Anfir (Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários), a previsão é de  165 mil implementos, semelhante a 2021,  com um maior número de leves, que deverá chegar a 85 mil implementos.

Já o presidente do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), Cláudio Sahad, comentou que os preços dos componentes neste ano subiram não apenas em função do aumento do preço do petróleo. Houve também o impacto do aumento do custo da mão-de-obra, da ordem de 12% e da energia elétrica, lembrando que é uma cesta de componentes que fazem a formação de preços. Sahad comentou que no primeiro semestre deste ano as vendas de autopeças registraram um crescimento da ordem de 26%, as exportações subiram quase 6% e o mercado de reposição cresceu mais de 13%. “Nossas expectativas para este ano são muito boas”.