As mortes de pacientes no Ceará, como as 38 ocorridas há pouco mais de um mês, comprovaram um problema que há muito tempo vem crescendo no País: a deficiência de leitos de Unidades de Terapia Intensivas (UTIs). Segundo cálculos da Confederação Nacional de Saúde, há um déficit de 4 mil vagas, sendo que as maiores deficiências estão nas Regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. \”Pode parecer um número pequeno, mas é importante lembrar que são pacientes que não podem esperar na fila\”, comenta o presidente da confederação, Olympio Tavora Correa. Esta semana, o ministro da Saúde, Humberto Costa, deve anunciar recursos para tentar reduzir a crise no setor. Embora o ministério argumente que o problema não é de solução rápida, o caso do Ceará indica que quando há mobilização é possível enfrentar crises rapidamente. O governo providenciou a abertura imediata de mais de 40 leitos e mais 50 que deverão ser instalados nos próximos 3 meses. As medidas provocaram impacto positivo na fila de espera.