Rentabilidade, capacidade de produção, prazos de entrega e eficiência são os principais pontos que direcionam as ações da Scania no mercado de caminhões pesados, conforme disse ontem o novo diretor geral da empresa no Brasil, Roberto Leoncini, em seu primeiro encontro com a imprensa, após ter assumido o cargo dia 01 de outubro passado. Com vendas superiores a 13 mil unidades até o início de novembro, e crescimento superior a 100% nos primeiros 10 meses de 2010, ele destacou que a marca passou a deter 28,2% do mercado de caminhões pesados, um degrau que não conseguia atingir desde 2001. Os prazos de entrega dos veículos são de seis e oito semanas para rodoviários e de 10 a 12 para os fora de estrada 10X4, dos quais a montadora vai entregar mais 35 unidades ainda este ano para a Vale, conforme disse o executivo.
Em relação ao próximo ano, Leoncini tem opinião de que não será tão intenso quanto 2010, mas haverá ainda um grande movimento de compra de caminhões pesados, principalmente porque o volume de cargas não deverá cair. Outro ponto destacado pelo diretor geral da Scania é a intenção de aumentar a participação da marca no segmento de distribuição com a série P, equipada com motor de nove litros. Ele reconhece que os produto da marca, apesar da alta qualidade, precisam de mudanças para ficarem mais competitivos e afirma que a engenharia da companhia já trabalha para tirar peso e preço dos veículos, porque são itens significam um pênalti para a marca.
Com a linha de produtos atualizada recentemente, sem grandes mudanças previstas, portanto, ele destacou também vários outros produtos e serviços disponíveis que, conforme definiu, tornam a marca “mais uma provedora de soluções do que uma vendedora de caminhões”. São eles, entre outros, os contratos e pacotes de serviço para manutenção preventiva dos veículos, treinamento para motoristas e também o Classic Campaign, um serviço para atender modelos mais antigos da marca, com até 20 anos de idade, dos quais existem mais de 60 mil unidades em atividade, conforme disse. “Esses veículos chegam a representar até 20% do faturamento da Scania em peças”, ressaltou.
Outro produto da marca, que acaba de chegar ao mercado brasileiro é o Scania Driver Support, um sistema que, através de sensores, faz a leitura em tempo real da maneira como o motorista está dirigindo. Instalado no computador de bordo, o equipamento pode proporcionar economia de até 10% no consumo de combustível. Para finalizar, Leoncini adiantou que para atender a legislação de emissões que passa a valer no Brasil a partir de janeiro de 2012, a Scania vai adotar a tecnologia SCR, a qual utiliza aditivo para o tratamento dos gases ainda no sistema de exaustão do veículo.