Prometida desde os anos 1990, a duplicação da Rodovia dos Tamoios continua no papel. O início das obras chegou a ser anunciado para o segundo semestre de 2009, com custo estimado em R$ 2,7 bilhões, porém mais uma vez foi adiado. Os motoristas reclamam constantemente dos perigos da serra com trechos de pista simples e iluminação deficitária. “Seria bom usar um pouco dos impostos para melhorar a serra”, cobra o carreteiro Alberto de Paula, de São Sebastião/SP. A cobrança ficou ainda maior, pois durante a campanha, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que a duplicação da rodovia seria a primeira obra de seu mandato, com início programado para janeiro deste ano. Adiada novamente, a justificativa agora é a reavaliação de contratos e prioridades. O licenciamento ambiental está pronto, mas ainda não há prazo para licitação, pois antes é necessária a aprovação do modelo de PPP (Parceria Público-Privada), no qual 70% dos recursos serão bancados pelo poder público. Segundo a Secretaria de Logística e Transportes, a obra permanece em \”fase de estudos técnicos\”. Examinados pela primeira vez, nesta semana, pelo conselho diretor do PED (Programa Estadual de Desestatização), o atual projeto de duplicação da Rodovia dos Tamoios estima 42 meses para entrega da obra e custo total de R$ 4,39 bilhões. Se mantido este prazo, o governo paulista sabe que a duplicação não será concluída no atual mandato de Alckmin.  Por ano, passam por ela cerca de 3 milhões de carros e 450 mil caminhões. Nos feriados prolongados, o volume de veículos é tanto que a estrada chega a travar. A Rodovia dos Tamoios tem 82 quilômetros de extensão e liga as cidades de São José dos Campos/SP no Vale do Paraíba à Caraguatatuba/SP no Litoral Norte. Possui intersecções com a Via Dutra, Rodovia Carvalho Pinto, Estrada das Pitas e Rodovia Rio-Santos. No trecho de planalto possui duas faixas em cada sentido (principal e auxiliar). A faixa auxiliar deve ser utilizada apenas para facilitar a ultrapassagem, já que em todo o traçado da rodovia não é possível ultrapassar pela pista contrária. No trecho de serra há duas faixas para a subida e uma para a descida. Nos inícios de feriados prolongados, o sistema pode ser invertido com duas faixas descendentes e uma ascendente.