O Ipem realizou ontem (26/06), em diversas rodovias e empresas do Estado de São Paulo, uma operação especial com objetivo de examinar o instrumento de veículos de carga e de passageiros. De 470 equipamentos fiscalizados, 124 (26,4%) foram reprovados, sendo a maioria pela falta do certificado de verificação. Emitido pelo Ipem, o certificado é válido por dois anos e precisa ser renovado a cada manutenção do equipamento. Para o superintendente do instituto, José Tadeu Rodrigues Penteado, o mais preocupante é que os números da “Operação Cronotacógrafo”revelam a imprudência por parte dos motoristas e transportadoras, dada a importância do aparelho para a segurança nas estradas. “Muitos rodam com o instrumento irregular, ou seja, sem lacre e etiqueta do Inmetro, com certificado de verificação vencido ou até mesmo inexistente”, analisa. Os infratores terão 10 dias para apresentar defesa a autarquia. Depois desse prazo, a multa varia entre R$ 100,00 e R$ 1,5 milhão, dobrando na reincidência.
Além da verificação periódica realizada pelo Ipem-SP, a autarquia também realiza operações. De janeiro a maio, foram parados nas estradas paulistas e vistoriados nas garagens e transportadoras 2.066 cronotacógrafos. Desses, foram autuados 613 (29,7%) por não possuírem certificado e não terem selo (marcas de verificação do Inmetro). Veículos de carga geral foram os que mais receberam auto de infração entre os fiscalizados neste ano. Do total de 1.024 verificados, 443 (43,2%) estavam irregulares. Dos ônibus escolares fiscalizados (85), 31,7% foram autuados. Já os veículos que transportam produtos perigosos, 22,8% receberam multas dos 127 avaliados. Por fim, os ônibus de passageiros receberam 114 multas (13,7%) dos 830 fiscalizados.