Cálculo realizado pelo engenheiro Antonio Lauro Valdívia Neto, do Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos (Decope) da NTC&Logística, mostrou que o frete rodoviário de grãos está defasado em pelo menos 39%. Uma viagem de ida e volta de um bitrem carregado com 37 toneladas de grãos de Maringá até o Porto de Paranaguá tem um custo calculado de R$ 7.620, sem aplicação da margem de lucro. Mas o valor praticado hoje no mercado é de R$ 4.625, segundo as simulações feitas na planilha do engenheiro. A diferença exata é de 39,3%. O cálculo feito por Valdívia leva em conta um tempo parado médio de um dia para carregamento e um dia para descarregamento. Se esse tempo caísse para meio dia em cada situação, o valor do frete pela tabela da NT&Logística cairia para R$ 5.288 (30% menos).  De acordo com Valdívia, o transporte de grãos sofre mais que os demais segmentos porque tem muita concorrência.

Sem incluir todos os custos na planilha, como combustível, pneu, salário dos motoristas, entre outros, a médio prazo, as empresas estão fadadas a fecharem suas portas. O problema é que, a cadeia de transporte rodoviário de carga no Brasil é complexa e os clientes sempre conseguem encontrar quem faça o frete mais barato, destaca Valdívia.

Fonte: Fetranspar