Rota é responsável pela distribuição de produtos da Zona Franca de Manaus

1729Um estudo do Decope (Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos) da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) aponta que o custo do frete entre Manaus/AM e São Paulo/SP acumula uma defasagem de 34,7% para um conjunto cavalo mecânico tracionando uma carreta de três eixos.

Segundo a entidade, a rota rodo-fluvial entre as duas cidades é responsável pela distribuição de grande parte dos produtos fabricados na Zona Franca e na capital paulista. O trajeto tem 2,9 mil km de estradas e, somado ao transporte por balsa, totaliza seis mil km, que exigem quase um mês de viagem.

Os custos relativos aos veículos e à balsa representam 78% do valor total da viagem. O restante equivale a tributos e despesas administrativas.

Conforme o assessor técnico da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, se a viagem tem custo de R$ 36 mil, os transportadores estão conseguindo cobrar aproximadamente R$ 24 mil. “Com um movimento de renegociação, será possível recuperar até 15% desses valores. Mas é uma situação difícil porque tem linhas que operam neste trajeto que precisam prestar o serviço e acabam oneradas em razão desta defasagem”, explica. No entanto, ele pondera que grandes empresas poderão reduzir os serviços no percurso para reduzir o prejuízo financeiro.

A entidade considera necessária a recomposição dos valores para evitar que o transporte de cargas no percurso fique estagnado e que o serviço seja prestado abaixo do padrão de qualidade.

Da Agência CNT de Notícias