O pequi, fruta típica do cerrado do Centro-Oeste e Minas Gerais, é encontrada em abundância no Vale do Jequitinhonha, virou combustível. “Conheci o pequi na culinária e percebi que havia uma grande quantidade de óleo. Possivelmente através de análise laboratorial este óleo continha os princípios ativos chamados triglicerídeos, o que é viável para a produção de combustíveis”, relata o coordenador da pesquisa, Sandro Barbosa. Para cada 1 kg de pequi é possível obter mais de um litro de biocombustível. Na primeira fase dos testes, os pesquisadores descobriram que o combustível a base da fruta reduz a emissão de poluentes em até 30%, torna o motor mais potente e econômico. A Agência Nacional de Petróleo já autorizou a mistura de no máximo 5% de biocosbustível ao diesel. Veículos da Faculdade Federal de Diamantina/MG e da Usp em Ribeirão Preto/SP, estão sendo testados com a nova mistura. “O carro ficou com mais força. Ele precisa de menos aceleração para fazer o mesmo que fazia antes. E ainda polui menos”, afirma o motorista Paulo Duarte.