O inverno no Paraná tem sido rigoroso e por isso tem prejudicado a agricultura e, conseqüentemente, os transportadores rodoviários de cargas. Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural, da Secretaria Estadual da Agricultura, as perdas na segunda safra de milho chegaram a 1,3 milhão de toneladas.
De acordo com o Diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar), Laudio Luiz Soder, os transportadores deverão pensar em medidas para suprir o prejuízo causado pela falta do transporte de carga. Para Soder, os empresários do segmento já procuram outras maneiras para cobrir os problemas enfrentados nesta safra 2008, como buscar fretes em outras regiões ou procurar produtos disponíveis para transportar.
A demanda de caminhões está aquecida e muitas unidades entraram no mercado nos últimos meses. Soder alerta que como a geada quebrou boa parte da produção agrícola, haverá redução na quantidade de produtos para transportar. Com isso, junto ao aumento da oferta de caminhões no mercado, haverá queda nos preços dos fretes e dificuldades para os transportadores pagarem as prestações dos financiamentos.
No início de julho deste ano, foi lançado no Paraná o Plano Agrícola e Pecuniário (PAP), com a missão de financiar dívidas do setor para a próxima safra. O valor do plano é de R$ 75 bilhões para agricultores de todo o País.
