Todos os nove trechos rodoviários que estão indo a leilão estavam no PAC

O governo poderá retirar do programa de concessões trechos rodoviários que a iniciativa privada não considerem viáveis para a cobrança de pedágio. Ao longo desta semana, o ministro dos Transportes, César Borges, terá reuniões com empresários para que eles apontem, nas oito concessões ainda previstas, quais não teriam viabilidade.

Nos casos em que não houver solução que equilibre preço de pedágio e interesse dos empresários, as rodovias sairão das concessões. A indicação foi dada logo pela manhã pela presidente Dilma Rousseff.
A presidente disse que, nas concessões rodoviárias, era complicado conciliar os ganhos pedidos pelos empresários com o valor do pedágio que as pessoas estão dispostas a pagar. \”Quando não der para unir as duas coisas, nós iremos fazer obra pública.\”

Todos os nove trechos rodoviários que estão indo a leilão estavam no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para que recebessem obras de duplicação bancadas pelo orçamento, alguns desde 2007. Eles somam 7.500 km, dos quais 5.500 km precisam de duplicação.

A expectativa era apressar as obras com a participação da iniciativa privada. Mas o programa de concessões também atrasou, e o primeiro leilão só começou na sexta-feira. Hoje deverá ser conhecido o vencedor da primeira concessão, a da BR-050/MG-GO.

Da Folha de S. Paulo