Por Daniela Giopato
O governo federal reduziu de 5% para zero a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida, que vale até o fim de março, tem como objetivo principal ajudar a economia como um todo e a indústria automobilística a recuperar as vendas e garantir emprego. Em novembro, o mercado de caminhões registrou queda de 22,2% em relação a outubro. Além disso, o setor que vinha atingindo recordes e com filas de espera de até nove meses começou a desacelerar a partir de outubro.
Pelo fato do crédito ter ficado mais escasso em outubro, as vendas se mantiveram estáveis em relação a setembro. O número de licenciamentos de caminhões foi de 11.944 em outubro, praticamente o mesmo de setembro que foi de 11.927. Porém, em novembro esse número caiu para 9.292.
Tal situação levou algumas fabricantes de caminhões a anunciarem demissões e férias coletivas. Porém mesmo com a crise, o mercado deve fechar o ano com resultados positivos em relação a 2007. Até novembro, foram licenciados 113.787 caminhões de todos os portes, um crescimento de 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
A medida entra em vigor exatamente uma semana depois do anúncio do corte do IPI para os automóveis. Para carros populares, de mil cilindradas, foi reduzido de 7% para zero e para veículos entre 1.000 e 2.000 cilindradas de 13% para 6,5% nos carros a gasolina e de 11% para 5,5% nos carros flex e a álcool.
