O Grupo Fiat divulgou há poucos dias em sua sede, em Turim, na Itália, o encerramento do ano de 2007 com uma receita líquida de cerca de 59 bilhões de euros, 12,9% acima do registrado no ano anterior. O resultado operacional cresceu 66%, e atingiu 3,1 bilhões de euros, o maior de sua história e a divisão de automóveis no resultado operacional líquido representou 1,1 bilhão de euros, mais que o dobro apresentado em 2006.

O Grupo Fiat informou que todos os setores de atividade obtiveram resultados positivos, acima do desempenho de 2006. O lucro líquido registrado foi de 2,1 bilhões de euros, um crescimento de 78,5% em relação ao ano anterior. Já o endividamento industrial líquido foi zerado e foi possível gerar caixa de 400 milhões de euros. Para o presidente da Fiat para a América Latina, Cledorvino Belini, o ótimo resultado global do Grupo coincide com o melhor momento da Fiat no Brasil.

Em 2007, a divisão de Automóveis registrou receita de 29 bilhões de euros e incremento de 13,4%. O maior volume de vendas é da Fiat Group Automobiles formada por Fiat, Lancia, Alfa Romeo e Veículos Comerciais, faturou 26,8 bilhões de euros, obteve resultado operacional positivo de 803 milhões de euros, quase o triplo em relação a 2006 e crescimento de 512 milhões de euros ante 2006. Maserati e Ferrari atingiram receitas de 694 milhões de euros e 1,6 milhões de euros, respectivamente. A Masserati cresceu 15,3% nas vendas e comercializou 7.496 unidades e a Ferrati 33,7%, com 6.488 unidades.

O Brasil aparece em destaque com market share de 25,9%, mantendo pelo sexto ano consecutivo a liderança de mercado. O Fiat Punto é apontado como um dos lançamentos-chave do ano na América do Sul, com reconhecimento de diversos prêmios como Carro do Ano 2008 (Brasil) e \”Auto Interamericano do Ano\”, por parte da imprensa especializada de 19 países das Américas. Além disso, o crescimento das vendas de automóveis e veículos leves foi registrado nos principais países europeus, com 5,7% na Itália, 14,1% na Espanha, 7,6% na França e 2,1% Grã-Bretanha. A exceção foi a Alemanha, com queda de 2,5%, devido estar com ser mercado desaquecido.

A Iveco também ampliou sua receita líquida e finalizou 2007 em 11,1 bilhões de euros, aumento de 22,5% em relação a 2006. Em 2007, foram vendidos 211.700 veículos, que representa volume 16,6% superior ao ano anterior. O resultado operacional, também positivo, foi de 813 milhões de euros, ou 48,9% superior a 2006.

A FPT Powertrain Technologies, empresa de motores e câmbios do Grupo Fiat, apresentou receita líquida de 7,1 bilhões de euros, incremento de 15,1% em relação a 2006. Esse crescimento aconteceu principalmente devido ao aumento da demanda da Fiat Group Automobiles e Iveco.

A Magneti Marelli, que produz componentes, contribuiu com receita de 5 bilhões de euros, crescimento de 12,2% e obteve um resultado operacional de 214 bilhões de euros. Já a Teksid registrou receita de 783 milhões de euros, com 47 milhões de euros de resultado operacional líquido. A Comau, empresa de sistemas de produção, fechou 2007 com receita superior a 1 bilhão de euros e resultado operacional negativo de 23 milhões de euros.

– Resultados do Grupo no Brasil
A receita líquida do Grupo Fiat no Brasil apresentou crescimento de 68,6% em 2007, atingindo US$ 14,5 bilhões, frente a US$ 8,6 bilhões em 2006. Do total, 13,8% das receitas decorreram de exportações de US$ 2 bilhões, que representou um crescimento de 33,3% em relação ao mesmo período anterior.

Entre as atividades do Grupo no Brasil, um dos destaques foi a Fiat Automóveis, que registrou produção recorde de 717.855 veículos e comerciais leves e manteve a liderança nas vendas, com um total de 607.598 veículos emplacados durante 2007. Segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), o desempenho da marca representa um crescimento de 30,5% sobre as vendas registradas em 2006, acima da média do mercado de 27,8%. A participação no mercado atingiu 25,9%, ampliando a liderança da marca. Ainda em 2007, a Fiat Automóveis elevou seu efetivo direto em mais de 3,8 mil pessoas com a abertura do terceiro turno na operação da fábrica de Betim.