As pequenas empresas nacionais de autopeças deixaram de gerar 50 mil empregos para o setor desde o ano de 2008. A informação é do presidente do Sindicato da Indústria Nacional de Componentes Automotores, Paulo Butori. Segundo ele a situação tem se agravado por causa do crescimento da importação, só neste ano, a atividade deve fechar com saldo comercial (exportações menos importações) negativo em US$ 4,8 bilhões, contra os US$ 3,8 bilhões do ano passado. Tal desempenho tem contribuído para que as companhias do setor esperem ansiosamente o início do programa do governo federal, que vai exigir das montadoras a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados do segmento, além de aumento de investimentos em inovação e elevação de nível de compras de peças nacionais. De acordo com previsão de Butori, em 15 dias a regulamentação do regime automotivo deve sair, mas ele considera que os efeitos da medida não serão imediatos, já que exige adaptação das montadoras.  O dirigente ainda acrescenta que, mantidas as condições atuais da economia, o cenário para 2012 é mais preocupante do que o deste ano, por causa do aumento da concorrência com os importados. Isso porque, fora a pressão para que reduzam custos, as autopeças sofrem com a tendência de as indústrias de veículos enxugarem a base de fornecedores.

Fonte: Diário do Grande ABC