Com novos projetos industriais, Ceará é um dos Estados que mais sofre

1729Com previsão de receber empreendimentos de grande porte nos próximos anos – sobretudo após o início das operações da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) – o Ceará tem como um dos principais obstáculos para o desenvolvimento da economia entraves logísticos que afetam todo o Nordeste.

Das malhas rodoviárias em más condições às ferrovias insuficientes, ainda são muitos os elementos que precisam ser aprimorados, em toda a Região, para atrair a quantidade esperada de empresas.

Segundo o coordenador geral de planejamento da Secretaria de Política Nacional do Ministério dos Transportes, Luiz Carlos Rodrigues Ribeiro, os problemas ligados à logística e a insuficiência de investimentos no setor, em todo o Brasil, não geraram apenas ônus para o setor produtivo no passado, mas também causam prejuízos à atuação do poder público, a exemplo de gastos adicionais em intervenções e obras que não são concretizadas conforme o planejado.

O coordenador destacou que \”há deficiências a serem superadas, em todo o País, nas vias rodoviária, ferroviária e hidroviária, como o estado precário de estradas, a cobertura insuficiente das linhas de trem e restrições no acesso terrestre aos portos brasileiros\”.

No Nordeste, indicou, um dos principais gargalos é o trecho rodoviário localizado entre as cidades baianas de Cachoeira e São Félix, onde as operações de transporte lentas representam um custo elevado às companhias. \”E isso desestimula muito as empresas\”, frisou, citando os empreendimentos ligados ao setor petroquímico no estado nordestino.

Ribeiro ressaltou a elaboração do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), por parte do governo federal. O documento tem o como objetivo dar suporte ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infraestrutura e na organização do setor. De acordo com ele, uma das propostas do PNLT é abordar a questão da logística pensando não apenas em formas de viabilizar o transporte, mas também de promover o desenvolvimento regional e reduzir as desigualdades no País.

Do Diário do Nordeste