A Michelin recomenda aos motoristas que antes de trafegar na estrada todo veículo deve passar por uma revisão minuciosa dos pneus, para avaliar o desgaste da banda de rodagem, a pressão correta e checar o alinhamento de direção e balanceamento de rodas.

O primeiro item a ser verificado é a calibragem dos pneus e serve para assegurar a estabilidade do veículo, reduzir o risco de corte nos pneus e garantir a integridade da estrutura interna. A empresa explica que um carro que circula com a calibragem dos pneus defasada em 20%, consome aproximadamente 2% a mais de combustível, emitindo mais poluentes ao meio ambiente.

Para o departamento técnico da Michelin no Brasil, o ideal é calibrar os pneus no máximo a cada 15 dias, sempre quando estiverem frios, seguindo a pressão recomendada pelo fabricante do veículo. Em caso de perda de pressão antes desse período, é aconselhável que o proprietário procure um revendedor autorizado para verificar a causa da perda de ar.

Outro ponto importante a ser observado em um pneu é a forma de desgaste e se for de maneira irregular, resulta em perda de aderência e afeta a estabilidade do veículo, que fica puxando para um dos lados. Uma banda de rodagem deformada pode indicar ainda problemas na suspensão, amortecedores ou alinhamento. Para analisar o desgaste dos pneus, o motorista deve observar a saliência existente no fundo dos sulcos e caso esteja nivelada com a banda de rodagem, significa que chegou o momento de substituí-lo. Segundo o Código Nacional de Trânsito, os sulcos devem ter a profundidade mínima de 1,6 mm, entretanto, a Michelin recomenda que a troca seja feita antes desse ponto, pois no período de chuvas há riscos de aquaplanagem.

O rodízio é uma boa forma de aproveitar os pneus do carro, pois permite que tenham consumo equivalente e durem mais. Mas é importante respeitar o limite de desgaste. A Michelin recomenda que a troca de posição entre os quatro pneus do veículo seja feita a cada 7 mil quilômetros rodados. Um mesmo eixo pede componentes de mesma marca e modelo, pois o comportamento varia em função do desenho da banda de rodagem.

A maioria dos fabricantes de veículos recomenda o rodízio da dianteira para a traseira, e vice-versa, sem inverter o sentido de rotação do pneu. Isto visa a evitar que pneus que tenham sentido de rotação determinado sejam montados de forma invertida.
Se os pneus não tiverem sentido de rotação determinado, a recomendação da Michelin é fazer o rodízio em forma de \”x\”. Ou seja, o pneu dianteiro esquerdo vai passar a ser o pneu traseiro direito, o pneu dianteiro direito vai passar a ser o pneu traseiro esquerdo, e vice-versa. \”Não há nenhum problema técnico ou restrição em inverter o sentido de rotação, desde que esta informação não esteja determinada na banda de rodagem\”, esclarece esclarece Flavio Santana, gerente de Marketing Produto para Pneus de Passeio e Caminhonete da Michelin no Brasil.

Na troca de apenas dois pneus, por exemplo, estes devem ser instalados no eixo traseiro, pois garantem melhor resposta em curvas fechadas, sobretudo sobre pisos molhados, equilíbrio em freadas bruscas e máxima segurança no eixo em que o condutor não tem controle direcional.

Pneus com desenhos de banda de rodagem diferentes não devem ser montados no mesmo eixo para evitar problemas na geometria e na estabilidade do veículo. Cada pneu tem sua própria arquitetura interna e, consequentemente, pneus diferentes possuem comportamentos diversos. Dois de mesmo desenho, no mesmo eixo, se compensam.

Deformações nas estradas podem causar graves danos aos pneus que, ao passarem por obstáculos, sofrem forte compressão contra a roda, deteriorando os flancos. Causada em alta velocidade, uma avaria desse tipo compromete a segurança dos ocupantes do veículo, pois pode levar à perda do controle de direção. O mais aconselhável nesse caso é trafegar em velocidade baixa, com os pneus bem calibrados.

Os pneus comercializados no Brasil seguem as normas mundiais para especificação das dimensões. No caso de um pneu com especificações 175/70 R13 : 175 é a largura do pneu montado e inflado em milímetros; 70 indica que a altura do flanco corresponde a 70% da largura do pneu – esta indicação corresponde à série do pneu; R significa que a estrutura deste pneu é radial (D é quando o pneu é diagonal); e 13 é o diâmetro da roda em polegadas.

A Michelin divulga que oferece garantia contra danos acidentais para toda a linha de pneus para carros de passeio e caminhonetes vendida no Brasil, sem nenhum custo adicional para o consumidor. O benefício é parte do programa Multiproteção Michelin, que prevê também garantia de fabricação de cinco anos e de quilometragem, além de serviços gratuitos de reparos de danos. Mais informações, acesse o site www.michelin.com.br