Líderes de cidades vizinhas de São Paulo, entidades empresariais e o governo do Estado vão pressionar o prefeito Gilberto Kassab (PSD) a amenizar a restrição à circulação de caminhões. A proposta é adaptar os horários de proibição e tamanhos dos veículos liberados à restrição que será implantada nos outros 38 municípios da região.
O grupo de trabalho criado pela Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano prevê que a proibição a estes veículos das 6h às 9h e das 17h às 20h. Na marginal Tietê, é das 5h às 9h e das 17h às 22h.
Outro ponto acertado é que serão permitidos VUCs (veículos urbanos de
carga) de até 7,20 m x 2,30 m – na capital, o limite é 6,30 m x 2,30 m.
As restrições adotadas pela prefeitura de São Paulo desde 2008 – visando melhorar o tráfego urbano – teve impactos nas cidades vizinhas e provocou uma reação em cascata. Seis municípios adotaram a restrição após a iniciativa paulistana – cada uma com horário diferente, o que afeta o abastecimento da região. A reação metropolitana visou impedir o uso de vias locais por caminhões em busca de rotas alternativas ou de estacionamentos à espera da liberação das vias na capital.
Sindicato – Ao contrário do início do ano, quando lutaram contra a restrição na marginal Tietê, empresas de cargas agora apóiam a medida na região metropolitana, desde que seja padronizada.
\”Há restrição em 11 vias de Diadema, cujo horário não é compatível com o de Osasco nem com o de São Paulo\”, diz Manoel Sousa Lima Júnior, vice-presidente do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de SP). \”Temos de padronizar as restrições porque elas estão comprometendo o abastecimento\”, afirma.
Outra proposta do Setcesp que será debatida é a criação de um corredor para caminhões na pista expressa da marginal Tietê, entre a Anhanguera e Dutra. Temporário, o corredor seria desativado com o término Rodoanel norte, que faz a mesma ligação.
Fonte: Folha de S.Paulo