Um relatório da ONU divulgado por ocasião da 1ª Semana Mundial das Nações Unidas de Segurança Viária, em abril deste ano, cerca de 1,2 milhão de pessoas morrem anualmente em acidentes rodoviários. Isso significa 2,1% da mortalidade mundial e 40% das mortes são de crianças e jovens entre zero e 25 anos, sendo que 75% deste total corresponde ao sexo masculino.

No Brasil, os acidentes de trânsito são uma das principais causas de óbitos na juventude. Segundo dados do Ministério da Saúde, a faixa etária mais afetada está entre 20 e 39 anos, totalizando 45%. No País, entre os adolescentes, os acidentes de trânsito já são a segunda principal causa de falecimento, sendo que em 2005, 3.976 pessoas entre 10 e 19 anos perderam a vida em estradas e vias públicas. Por isso o tema escolhido para a Semana Nacional de Trânsito 2007, entre 18 e 25 de setembro é denominado \”Jovem: paz e amor no trânsito\”.

Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), entre os anos 2001 e 2003, quantificou os custos dos acidentes de trânsito em áreas urbanas e concluiu perdas anuais da ordem de R$ 5,3 bilhões. Ainda segundo o instituto existem outros impactos econômicos dos acidentes de trânsito que somam mais R$ 24,6 bilhões anuais. Integraram neste cálculo cuidados com saúde e perdas materiais.

A infra-estrutura viária é apontada pelo relatório da ONU como um dos itens que contribuem para o agravamento do quadro, no qual 85% do total de mortes ocorre por colisões em países pobres ou em desenvolvimento, como o Brasil. Segundo levantamento da CNT (Confederação Nacional do Transporte), cerca de 72% da malha rodoviária nacional está em condições precárias.