Aumento da fiscalização do cumprimento da tabela de valor mínimo de frete, conclusão de obras nas rodovias (como a BR 163 e BR 242), criação de cooperativas, construção de pontos de paradas e linhas de crédito do BNDES, são algumas das medidas que poderão ser confirmadas hoje (16/04).

O objetivo é acalmar os ânimos enquanto se encontra uma solução para o aumento do preço do diesel e mostrar o interesse do governo em relação as dificuldades enfrentadas pelos caminhoneiros. O pacote de novas medidas para o setor será discutido após a Petrobras suspender um reajuste de 5,7% no preço do diesel nas refinarias, a pedido do presidente da república. Vale lembrar que o valor do diesel foi um dos principais motivos que levou os motoristas a promoverem a greve em maio do ano passado.

Recentemente, a Petrobras anunciou que os preços do diesel serão reajustados por períodos não inferiores a 15 dias. Durante o mês de março, por exemplo, houve quatro aumentos e duas reduções.

De acordo com pesquisa abrangendo 163 países – vide Globalpetrolprices.com –o preço do diesel ao consumidor final no Brasil é 18% inferior à média global e ocupa a 57ª posição, sendo, portanto, inferior aos preços observados em 106 países. Segundo a Petrobras, os preços do diesel nas refinarias correspondem a cerca de 54% do valor cobrado na bomba ao consumidor final.

A Petrobras anunciou ainda que a subsidiária Petrobras Distribuidora S.A. (BR), está desenvolvendo para implantação num período estimado em 90 dias cartão de pagamentos que viabilizará a compra por caminhoneiros de litros de diesel a preço fixo nos postos com a bandeira BR (Cartão Caminhoneiro). O Cartão Caminhoneiro servirá como uma opção de proteção da volatilidade de preços, garantindo assim a estabilidade durante a realização de viagens.