O jovem tem consciência de que é imprudente no trânsito, mas não se considera peça importante na redução dos acidentes. A informação é fruto do resultado da pesquisa O Jovem e o Trânsito realizada pelo Ibope, encomendada pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST), Perkons (empresa de equipamentos de fiscalização eletrônica), Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), sobre o comportamento e a visão do jovem brasileiro sobre o trânsito em suas cidades. O objetivo é desenvolver ações que contribuam para a redução do número de acidentes e mortes envolvendo jovens.
A pesquisa, realizada em cinco regiões brasileiras e apresentada durante a 1º Semana Mundial de Prevenção de Acidentes de Trânsito das Nações Unidas, organizada pela ONU e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, apontou também que o jovem reconhece que a imprudência é ainda maior quando está em grupo e acredita que este comportamento é motivado pela adrenalina.
Foram entrevistados mil jovens entre 16 e 25 anos em 66 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Esta é a primeira vez que uma pesquisa nacional traça o perfil do jovem no trânsito e identifica o seu pensamento sobre o assunto. O relatório da pesquisa será encaminhado para a ONU/OMS em Genebra, na Suíça.
Para 88% dos entrevistados, o jovem dirige mais depressa. Desse total 39% acreditam que o que impulsiona este comportamento é a adrenalina e 30% acreditam que é a bebida. Para 86% dos jovens entrevistados o comportamento de risco no trânsito é intensificado quando o jovem está em grupo de dois ou mais amigos. Dados de 2005 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) demonstram que dos 26.409 mortos em acidentes no País, 7.132 tinham entre 18 e 29 anos, ou seja, 27%.