Por meio de 900 postos, situados aproximadamente a 400 quilômetros de distância um do outro, a Petrobras Distribuidora garante que atenderá toda a demanda por diesel S-50 (com 50 partes por milhão de enxofre), necessário para abastecer os caminhões que sairão de fábrica a partir de janeiro 2012 – com motores adequados para as normas do Proconve P-7. Segundo José Lima Neto, presidente da Petrobras Distribuidora, esta rede permitirá que os motoristas abasteçam tranquilamente seus caminhões. Estimativas da companhia preveem que o Brasil consumirá cinco milhões de metros cúbicos do combustível de janeiro a dezembro de 2012. Questionado sobre o valor de comercialização do diesel mais limpo, José Lima Neto destaca que projeções da Petrobras estimam que o S-50 terá o custo por litro de R$ 0,06 mais caro que o S-500. Uma novidade da companhia em relação ao Proconve P-7 será que ela também produzirá o ARLA32 (Agente Redutor Líquido), necessário em veículos que utilizem o sistema SCR (sigla em inglês para Redução Catalítica Seletiva). Nomeado de Flua, o agente ainda não possui valor de comercialização estabelecido, no entanto, a estatal estima que o litro do produto custará aproximadamente R$ 2,00 ou R$ 3,00. Para atender a essa demanda a companhia afirma ter investido R$ 32,8 bilhões – entre os anos de 2005 e 2010 – para modernizar seu parque de refino, sendo R$ 16,6 bilhões dedicados exclusivamente para a produção do diesel com baixo teor de enxofre. Além disso, segundo a estatal, entre 2011 e 2015, ainda serão destinados R$ 29,2 bilhões na modernização das refinarias. Deste montante, R$ 21,8 bilhões para o programa de qualidade do diesel. Outro investimento realizado pela companhia destinou-se à produção do Flua. Segundo números divulgados, foram investidos R$ 105 milhões na unidade de produção do agente em sua fábrica de fertilizantes, em Camaçari/BA. A produção em escala comercial do produto foi iniciada em outubro de 2011, com capacidade para 63 mil metros cúbicos e chegará a 200 mil m³ em outubro do próximo ano.