Conforme declaração do secretário Saulo de Castro Abreu, a Secretaria Estadual da Segurança Pública quer que 21 mil policiais militares da capital paulista apliquem multas de trânsito na cidade. Após a extinção do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) em março de 2002, a Polícia Militar não tinha poderes para aplicar multas por estacionamento proibido, desobediência ao rodízio de veículos e desrespeito ao sinal vermelho, entre outras situações passivas de multas. Na época, o CPTran contava com 2.800 homens para a função. Após um convênio firmado entre governo estadual e prefeitura, a PM adquiriu o direito de multar. O acordo prevê o pagamento à Polícia Militar por multa aplicada e efetivamente paga pelo infrator. Neste caso, a PM receberá R$ 38,14 da prefeitura para cada multa aplicada. Esse valor só diminui após 60 mil infrações no mês. O teto mensal, segundo o governo, será de R$ 2,3 milhões. Com isso, Estado e prefeitura querem mostrar à opinião publica que o retorno dos policiais militares na aplicação de multas não significa a criação de uma \”indústria da multa\”. \”Além do mais, só serão multados os motoristas que cometerem alguma irregularidade, mas o principal objetivo da corporação será o combate à criminalidade”, comentou o secretário. A previsão é que em 45 dias a corporação já esteja atuando.