Uma das principais queixas dos motoristas de caminhão é a falta de reconhecimento da profissão. Mas por que é tão importante valorizá-los? A resposta é simples. Sem eles todos os serviços deixariam de funcionar com eficiência e em pouco tempo o caos se instalaria no País.

Prova disso foi a última greve realizada no País, em maio de 2018. Os 10 dias de paralisação destabilizaram o abastecimento de produtos e deixaram os brasileiros sem combustível e inseguros em relação a eficiência de alguns serviços básicos como o de saúde.

Porém, apesar do papel fundamental para a movimentação da economia brasileira, o motorista enfrenta muitos problemas em sua rotina de trabalho, como os perigos estrada e permanecer dias longe de casa.

De modo geral, não raramente o motorista de caminhão é apontado como um tipo de “vilão da estrada”, aquele que usa drogas, ingere bebidas alcoólicas, provoca acidentes e contribui para o congestionamento nas grandes cidades.

Porém, pouca gente se lembra que todo tipo de mercadoria chega aos seus destinos por caminhão.

Confira agora alguns motivos para valorizar a profissão de motorista

2Falta de incentivo

Apesar do caminhão ser um item importante para a logística do País, a frota nas mão dos autônomos é antiga.

Dados divulgados recentemente pela ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre – com base no RNTRC – Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Carga, mostram que atualmente o Brasil tem uma frota estimada em 1.746.124 veículos de cargas. Desse total, 648.751 unidades, cuja idade média é de 16 anos, estão nas mãos de autônomos. Ainda de acordo com a pesquisa, quando se trata da idade média da frota das empresas a idade média cai para 9,5 anos.

Mudanças na legislação, como o fim da carta frete, ajudaram a tirar esses profissionais da informalidade, porém, entraves como os juros praticados pelo mercado, instabilidade da atividade e preços dos veículos ainda desencorajam os pequenos transportadores a se arriscarem a enfrentar um compromisso financeiro que não tem certeza se conseguirá pagar. E assim, entra ano e sai ano, a frota em poder dos transportadores autônomos vai ficando mais velha e carente de renovação.

O fato prejudica a eficiência do trabalho por parte do motorista além de aumentar os custos com manutenção e até mesmo de combustível.