Terminais de carga atingiram sua capacidade máxima de movimentação
O Porto de Paranaguá, o segundo mais importante do País na exportação de grãos, enfrenta o colapso na infraestrutura de importação e de exportação. Cinco dos nove tipos de terminais existentes no porto atingiram sua capacidade máxima de movimentação entre 2011 e 2012.
Até 2015, os terminais de contêiner também terão alcançado seu limite operacional. Há casos, como os terminais de fertilizantes, em que a movimentação anual já supera em 1,2 milhão de toneladas a capacidade para o qual foi projetado.
Já em 2011, o porto movimentou 7,78 milhões de toneladas de fertilizantes, sendo o limite de 6,54 milhões, segundo a Administradora do Porto de Paranaguá e Antonina (Appa). Os números integram o diagnóstico que acompanha o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado (PDZPO), elaborado em 2012, quando o porto atingiu a marca de 44 milhões de toneladas de carga movimentada.
Este ano, com uma previsão de crescimento de 14%, Paranaguá deverá superar a marca de 50 milhões de toneladas de carga. O porto paranaense não está dimensionado para toda essa movimentação.
\”É perceptível que o porto está próximo a um colapso operacional\”, aponta, em nota, a direção de Paranaguá, que até o início deste ano era administrado pelo governo do Paraná.
A nova lei dos portos, aprovada no fim do ano passado, determinou que as decisões de investimentos são de responsabilidade do governo federal.
A Secretaria Especial de Portos (SEP) ainda prepara os editais de arrendamento de novas áreas para o setor privado em Paranaguá, assim como em outros portos brasileiros, como Santos. A direção do porto, entretanto, não concorda com o modelo de arrendamento que o governo federal está propondo.
Do Estado de S. Paulo