O Brasil está na última etapa de elaboração das normas de segurança para aumentar a qualidade e a segurança na fabricação de cintas de amarração e elevação de cargas, com o intuito de evitar acidentes no transporte de produtos.

Uma das empresas fabricantes desses equipamentos, a Tecnotextil, por exemplo, participou das discussões para a elaboração da norma técnica nacional para a produção, uso e comercialização das cintas de amarração e elevação no Brasil. \”Muitos fabricantes brasileiros de cintas de elevação e amarração não seguem normas de segurança e fabricação, desprezam o Fator de Segurança e vendem produtos com materiais inadequados, que comprometem a resistência da cinta\”, avalia o gerente de produção da Tecnotextil, Cláudio Romualdo.

Além disso, o corpo técnico da fabricante traduziu as normas EN 1492-1/2 e EN 121/95, que estão sendo utilizadas como referência pelo CB-17 para a elaboração da norma brasileira. \”A norma já está em fase final de elaboração e, por isso, dentro de alguns meses conseguiremos aumentar a qualidade e a segurança dos produtos à venda no mercado brasileiro\”, acrescenta.

No caso das cintas de movimentação (elevação e amarração) confeccionadas em poliéster ou outros materiais sintéticos, se o produto é destinado para suportar 3000 kg e vai movimentar 3000 kg , já estará fazendo uso do Fator de Segurança (FS) da cinta. O fato de deslocar esse volume do chão já exerce uma força maior do que 3.000 kg, uma vez que a gravidade age sobre o volume a ser levantado. Além disso, trancos, oscilações, arrastes e outros movimentos também adentram aos limites do Fator de Segurança e por isso é necessário respeitar o que vem especificado nas cintas. Neste exemplo, o FS da referida cinta de poliéster é 7:1, ou seja, ruptura acima de 21.000 kg ou sete vezes a carga de trabalho.