As capitais de todos os Estados e os municípios com mais de 1 milhão de habitantes receberão recursos de R$ 12,8 milhões para investir em educação, saúde no trânsito e prevenção de acidentes. Trata-se do projeto “Vida no Trânsito”, cujos valores serão usados na implantação de observatórios de trânsito para integração de dados e informações sobre feridos e mortes. Serão criados mapas que apontarão o horário, local e dias em que costumam acontecer acidentes, para melhorar o planejamento de campanhas educativas e de fiscalização.

De acordo com o governo federal, capitais e municípios com mais de 1 milhão de habitantes terão recursos na ordem de R$ 250 mil para a implantação da iniciativa, municípios com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes, terão verba de R$ 200 mil, enquanto para cidades com até 500 mil pessoas serão repassados R$ 175 mil.

Os recursos serão utilizados também na capacitação e formação de pessoal, como profissionais de saúde, de trânsito e também de educação. Além disso, por meio de parcerias com órgãos não-governamentais, está prevista a promoção de uma mobilidade urbana segura e acessível; o aumento na fiscalização e policiamento; a criação de planos de segurança prioritário para pedestres, ciclistas e motociclista; além do desenvolvimento de programas de educação para mudanças de atitudes e comportamentos, para redução do número de acidentes e o estímulo ao uso de equipamentos de segurança e respeito às leis de trânsito.

Segundo dados do governo, mais de 300 mil brasileiros morreram no trânsito no período de 2000 a 2008.  Entre as causas externas, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte nas faixas etárias de 5 a 14 anos e dos 40 aos 60 anos de idade ou mais. O trânsito é também o segundo maior motivo de óbito para quem tem idade entre zero e 4 anos e 15 e 39 anos.

Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2009 indicam que 1,3 milhão de pessoas morre anualmente no trânsito em todo o mundo e que, até 2030, esse número poderá chegar a 2,4 milhões.